Sabe-se que a odontofobia, patologia caracterizada pelo medo de ir ao dentista, é relativamente comum e impacta muitas pessoas ao redor do mundo. Quem tem medo de ir ao cirurgião-dentista pode, inclusive, comprometer a saúde bucal por tanto adiar a ida às consultas. Por isso, o cirurgião bucomaxilofacial e Prof. Me. Davi Costa, de Odontologia do Unipê, explica como é possível tratar ou reverter essa situação.
Davi diz que é ideal fazer visitas preventivas frequentes ao cirurgião-dentista. Isso para detectar qualquer problema logo no início, a fim de evitar situações que necessitarão de procedimentos mais invasivos, como exodontias e tratamentos de canal. Dessa forma, é possível até melhorar o seu vínculo com o profissional e desmistificar o ditado de que tratamento odontológico é sempre algo doloroso.
“Caso isso não seja mais possível, uma opção é procurar um profissional que trabalhe com sedação no consultório. Atualmente, existem vários métodos eficazes que controlam a ansiedade. Um exemplo é sedação consciente com gás óxido nitroso, ou mais conhecido como gás do riso. Terapia muito popular nos Estados Unidos, no Brasil existem alguns profissionais habilitados para realizar procedimentos sob sedação”, apresenta.
Para Davi, nenhuma pessoa deveria deixar de ir ao dentista por medo. Hoje, com a ciência e a medicina ainda mais evoluídas, qualquer procedimento da odontologia é feito de forma praticamente indolor. A sedação com óxido nitroso é indicada para combater a odontofobia também.
No Brasil, a realidade é ainda um pouco distante da dos Estados Unidos: a prática é feita pela maioria dos profissionais da área. Aqui, apenas 1% dos dentistas usam a técnica, segundo Davi, que também é habilitado em sedação consciente inalatória com óxido nitroso. Ele acredita que a realidade poderá mudar futuramente.
Consequências da odontofobia
Pessoas com nível alto de ansiedade ou odontofobia tendem a procurar tratamento odontológico apenas quando não dá mais para adiar, diz Davi. “Muitos desses pacientes têm uma condição oral muito precária, necessitando de tratamento extensos. A saúde bucal deficiente pode influenciar negativamente a qualidade de vida do paciente, seja na autoestima, interação social e até mesmo na alimentação”, finaliza.