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Coronavírus chega ao Brasil; veja rede de atendimento na PB

Um brasileiro de 61 anos testou positivo para infecção pelo novo coronavírus, segundo o Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo. Este é o primeiro caso confirmado da doença no Brasil. Na Paraíba, foi notificado nessa terça-feira (25) o primeiro caso suspeito, de um homem de 59 anos. No estado, além do Hospital Clementino Fraga, em João Pessoa, o Hospital Universitário Lauro Wanderley (HULW) também é unidade de referência para atendimento de casos suspeitos, sendo este último para pacientes da pediatria.

Segundo a Secretaria de Estado da Saúde (SES-PB), o homem com caso suspeito na Paraíba apresenta histórico de viagem à Itália entre 14 e 23 de fevereiro, chegando ao Brasil na última segunda-feira (24), em voo internacional com desembarque em Recife (PE). Ainda durante a viagem, o homem, que reside em João Pessoa, apresentou sintomas como tosse, febre e coriza.

Ainda de acordo com a secretaria, o homem buscou o atendimento médico por conta própria, acompanhado por familiares. “Foi realizado atendimento assistencial, coleta para exame e realizada notificação para o Ministério da Saúde para definição de caso. O paciente segue internado no Hospital Clementino Fraga e sendo tratado para Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), como determina o protocolo do Ministério da Saúde, enquanto aguarda confirmação ou descarte de caso. Outras informações sobre seu estado de saúde serão divulgadas em breve”, diz nota divulgada pela SES-PB.

O texto ainda afirma que, em paralelo ao acolhimento do paciente no Clementino Fraga, a SES-PB, juntamente com a Vigilância Municipal, já deu início às primeiras medidas de vigilância, conforme estabelecido previamente no fluxo estadual para caso suspeito.

Medidas de prevenção

Na Paraíba, as medidas preventivas incluem divulgação de nota técnica para os profissionais de saúde indicando o fluxo de atendimento, unidades de referência para tratamento, além de orientações de vigilância em saúde e medidas de prevenção para a população e profissionais de saúde. O monitoramento de portos e aeroportos é realizado pela Anvisa.

“Na eventualidade de ser identificada alguma vítima em outro serviço da rede, está previsto até o transporte aeromédico para garantir o melhor tratamento disponível para este paciente. Nós estamos atentos ao que acontece no mundo e preparados”, garantiu o secretário estadual de Saúde, Geraldo Medeiros, em comunicado emitido quando os primeiros casos suspeitos surgiram no Brasil.

Sobre os sintomas, Geraldo Medeiros alerta que é recomendado à população que, se tiver febre, tosse ou dificuldade para respirar, dentro de um período de 14 dias após viagem para China ou contato direto com pessoa com caso confirmado de coronavírus, deve-se buscar imediatamente um serviço de saúde.

Dúvidas mais frequentes

1 | O que é o coronavírus?

Conhecido desde meados da década de 60, o coronavírus é apenas uma cepa de uma grande família de vírus. Ele tem esse nome por causa de pequenos espinhos que possui na superfície, que lembram uma coroa. Ele ainda não possui um nome científico, mas foi apelidado pelos cientistas de 2019-nCoV.

2 | Qual a origem desse vírus?

Ainda não se sabe exatamente a origem do vírus. Ele foi identificado pela primeira vez durante uma investigação laboratorial de casos de pneumonia em dezembro de 2019, na cidade de Wuhan, capital da província de Hubei, na China. Desde então, milhares de casos foram confirmados.

3 | O vírus pode ser transmitido para humanos?

Outras cepas da mesma família do coronavírus possuem a capacidade de contaminar tanto animais quanto humanos. A transmissão entre humanos se dá através do contato físico, pelo ar ou por secreções. Ainda não se sabe exatamente como acontece o contágio, mas sabe-se que o vírus é transmitido com facilidade.

4 | Há tratamento para o coronavírus?

Não há um medicamento específico. Indica-se repouso e ingestão de líquidos, além de medidas para aliviar os sintomas, como analgésicos e antitérmicos. Nos casos de maior gravidade, com pneumonia e insuficiência respiratória, suplemento de oxigênio e mesmo ventilação mecânica podem ser necessários.

5 | Como posso reduzir as chances de infecção?

Evite contato próximo com pessoas com infecções respiratórias agudas. Lave frequentemente as mãos, especialmente após contato direto com pessoas doentes ou com o meio ambiente e antes de se alimentar. Use lenço descartável para higiene nasal. Cubra nariz e boca ao espirrar ou tossir. Evite tocar nas mucosas dos olhos. Higienize as mãos após tossir ou espirrar. Não compartilhe objetos de uso pessoal, como talheres, pratos, copos ou garrafas. Mantenha os ambientes bem ventilados. Evite contato próximo com animais selvagens e animais doentes em fazendas ou criações.

6 | Existe vacina para o coronavírus?

Como a doença é nova, não há vacina até o momento. Cientistas, universidades e centros de controle de doenças de vários países estão em busca de formas de neutralizar o vírus.

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