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Crise na Rússia: entenda o embate entre Putin e o grupo mercenário ‘Wagner’

Líder do grupo paramilitar Wagner, Yevgeny Prigozhin, chegou a afirmar que tropas sob o seu comando estavam marchando rumo a Moscou
(Foto: Montagem/Portal Correio)

A guerra entre Rússia e Ucrânia ganhou novos contornos após o líder do grupo paramilitar Wagner, Yevgeny Prigozhin, se pronunciar dizendo que tropas sob o seu comando estavam marchando rumo a Moscou, na noite dessa sexta-feira (23).

Prigozhin ameaçou derrubar o comando militar russo após dizer que o Kremlin ordenou o bombardeio de bases do seu grupo e matado uma parte de seus combatentes.

Em resumo, o Portal Correio explica o que gerou esse conflito e o que pode acontecer daqui em diante:

O que é o Wagner?

É um grupo paramilitar, espécie de “exército privado”, liderado por Yevgeny Prigozhin – aliado de longa data de Vladimir Putin, que recrutou combatentes em prisões russas.

O grupo foi responsável pela tomada da cidade ucraniana de Bakhmut, após meses de batalha.

Apesar de aliado do governo russo, Prigozhin fez diversas acusações contra os altos escalões do exército russo, acusando generais de “atrapalhar” suas ofensivas.

Putin aponta traição

Para Vladimir Putin, o motim é uma ameaça à existência da nação russa. Ele comparou a situação atual ao que a Rússia vivia antes da Primeira Guerra Mundial, quando, segundo ele, “Intrigas, brigas, politicagem pelas costas do exército e do povo levaram ao colapso do Estado e à tragédia da guerra civil”.

Em pronunciamento neste sábado, Putin prometeu punir os traidores das Forças Armadas. “Eles ​​serão responsabilizados perante o povo russo, garantiu o presidente ao público”, disse.

Sobre a cidade Rostov, que teve instalações militares tomadas pelas tropas do Wagner, Putin afirmou que a situação era “difícil”.

No entanto, o mandatário russo afirmou que um protocolo especial de segurança antiterrorista foi promulgado em Moscou, na região de Moscou e em outros locais.

Como isso afeta o conflito Rússia x Ucrânia?

A situação poderia desviar a atenção e os recursos em plena ofensiva na Ucrânia, e coincide, ainda, com a contraofensiva anunciada por Kiev para recuperar territórios.

O Exército ucraniano informou que está “observando” a luta interna entre Prigozhin e Putin.

Recuo de tropas

Na tarde deste sábado (24), o líder do grupo Wagner anunciou que suas tropas estavam recuando da ofensiva para “evitar um banho de sangue”.

Segundo Prigozhin, a tropa avançou 200 km em direção à capital russa entre sexta e sábado.

Minutos antes, o gabinete do presidente bielorrusso, Alexander Lukashenko, disse que havia negociada um acordo com Prigozhin, que havia concordado em reduzir a escalada da situação.

O anúncio, transmitido pelo canal oficial do Telegram da Presidência bielorrussa, aponta que Prigozhin concordou em interromper o movimento de combatentes de Wagner ao redor da Rússia.

*Texto feito com informações das agências Reuters e AFP coletadas pelo portal R7 e a Agência Brasil

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