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Doria celebra ‘Dia D’ da vacina após 1ª imunização em São Paulo

O governador João Doria definiu este domingo (17) como o “Dia D da vacina” após a primeira imunização contra Covid-19, em São Paulo, após a aprovação pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) do uso emergencial da vacina CoronaVac, produzida pelo Instituto Butantan com a chinesa Sinovac.

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“Hoje é um dia muito muito especial pra milhões de pessoas, milhões de brasileiros que estão sofrendo com a Covid-19, em hospitais, em outros centros de atendimento de saúde, nas suas casas, também aqueles que estão em quarentena se protegendo e ajudando a proteger suas famílias”, disse o governador.

Doria afirmou que dedica o dia da primeira vacinação no país aos familiares de pessoas mortas pela Covid-19 no Brasil e aos pacientes que ainda estão lutando contra a doença, ao Instituto Butantan e à ciência do Brasil e às pessoas anônimas que se mantiveram em casa e adotaram os protocolos de segurança contra a doença.

“A vitória de hoje, o dia D da vacina, o dia V da vida, é daqueles que valorizam e trabalham pela vida e ao contrário, bem ao contrário daqueles que nos últimos 11 meses flertaram com a morte”, declarou.

De acordo com o governador, neste domingo começam a ser vacinados mais de uma centena de médicos e enfermeiros do Hospital das Clínicas, e, na segunda-feira (18), o estado inicia o plano logístico para aplicação de vacina, que começará com os hospitais das Clínicas de São Paulo, Ribeirão Preto, Campinas, Botucatu e o hospital de base de São José do Rio Preto.

A aprovação da CoronaVac ocorreu após encontro da Anvisa que incluiu apresentação de parecer da área técnica e do anúncio de cinco votos da diretoria colegiada do órgão. Doria, o vice-governador, Rodrigo Garcia, e a equipe de secretários acompanharam juntos, no Hospital das Clínicas, zona oeste de São Paulo, o anúncio da Anvisa.

Do total de 5.994.576 doses da CoronaVac, serão enviadas 4.636.936 ao Ministério da Saúde para aplicação em todo o país e ficam em São Paulo 1.357.640. Segundo o governo de São Paulo, os números foram fornecidos na tarde deste domingo pela secretaria de Atenção à Saúde do Ministério.

Primeira vacina

Em seguida, houve a vacinação da primeira pessoa com a CoronaVac, a enfermeira Mônica Calazans, de 54 anos, moradora de Itaquera, com perfil de alto risco para complicações da covid-19. Mônica é obesa, hipertensa e diabética. Apesar de se enquadrar nessas condições, em maio do ano passado, no auge da primeira onda da doença, ela se inscreveu para vagas de CTD (Contrato por Tempo Determinado), escolhendo trabalhar no Emílio Ribas, no epicentro do combate à pandemia.

Quando começaram os testes clínicos da vacina Coronavac pelo Instituto Butantã, ela também se voluntariou para os testes. No começo deste ano, ela contou em reportagem ao site do Conselho Regional de Enfermagem de São Paulo (Coren) que já tinha tomado duas doses e não teve nenhum tipo de reação. “Sou monitorada periodicamente. Além disso, há um canal do WhatsApp pelo qual entram em contato semanal comigo”, explicou. Como ela foi escolhida agora para tomar a vacina, pode-se imaginar que ela tinha tomado placebo.

Antes de fazer faculdade de Enfermagem, Mônica atuou como auxiliar da área por 26 anos. O diploma foi obtido aos 47. “Quem cuida do outro tem que ter determinação e não pode ter medo. É lógico que eu tenho me cuidado muito a pandemia toda. Preciso estar saudável para poder me dedicar. Quem tem um dom de foicuidar do outro sabe sentir a dor do outro e jamais o abandona,” disse Mônica, de acordo com a assessoria de imprensa do Emílio Ribas.

A enfermeira é viúva e mora com o filho Felipe, de 30 anos. Seu irmão caçula, de 44 anos, auxiliar de enfermagem, chegou a se contaminar e ficou internado por 20 dias com a doença.

No início do ano, ela deu uma entrevista ao Estadão em reportagem que falava sobre o clima da segunda onda da pandemia entre os trabalhadores de serviços essenciais. Na ocasião, ela contou que tinha medo da pressão do aumento de contágio sobre a rede de saúde pública, mas que estava esperançosa com a vacina. “Na primeira onda, a gente tinha os hospitais de campanha. Agora está mais complicado”, relatou. A última unidade do tipo que funcionava na capital paulista era o Hospital do Ibirapuera, zona sul, foi fechada em 26 de setembro.

“No Pronto Atendimento de São Mateus (zona leste), não temos estrutura para o paciente ficar internado. Solicitamos vaga e esperamos”, contou ela sobre o outra unidade de saúde onde trabalha.

*Matéria do portal R7

 

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