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Em oito rodadas, sete técnicos já deixaram o cargo no Paraibano

O Campeonato Paraibano deste ano teve até agora oito rodadas. E o número é quase o mesmo de trocas de técnicos. Sete treinadores já deixaram o cargo nesta edição do Estadual. Auto Esporte (duas vezes), Serrano, Sousa, Desportiva, Atlético e Treze já tiveram troca de comando. O caso mais recente foi a saída de Oliveira Canindé, que deixou o Galo da Borborema.

Além de Oliveira, já saíram do cargo Wassil Mendes (Desportiva Guarabira), que foi substituído por Luciano Silva; Índio Ferreira (Atlético-PB), substituído por Adelmo Soares; Suélio Lacerda (Serrano), em seu lugar entrou Fernando Gaúcho; Cleibson Ferreira (Sousa), trocado por Jazon Vieira; e Severino Maia, que deixou o comando do Auto Esporte para Ramiro Sousa, que três jogos depois saiu do cargo para a volta de Severino Maia.

E o que os dirigentes têm a dizer sobre estas inúmeras trocas? O Portal Correio conversou com os mandatários dos clubes que trocaram de técnico para saber quais são os motivos e as opiniões deles?

Watteau Rodrigues, presidente do Auto Esporte, comentou sobre a situação. Apesar das duas trocas no comando do time, ele se diz contra a prática e fala que faz parte da cultura brasileira.

“Na minha visão, falta um tanto de planejamento a médio e longo prazo dos clubes, e o Auto não está fora disto. Sou favorável de que não é mudando o treinador, e sim o comportamento. É preciso ter um tempo de maturação. Mas na nossa cultura o treinador é sempre quem é mandado embora”, disse.

Perguntado então sobre as duas mudanças do Auto, Watteau afirmou que a saída de Maia se deu por vontade própria do treinador e que ele próprio admitiu que o time não estava conseguindo os resultados necessários.

O gerente de futebol da Desportiva, Gerson Júnior, endossou o discurso de Watteau. Ele, que também já atuou como treinador, afirmou que está tentando implantar uma filosofia no clube de valorizar primeiramente o desempenho do time.

“Na Desportiva a gente primeiro avalia a performance da equipe. A cultura do futebol prioriza o resultado e não o desempenho. Como é avaliado primeiro o resultado, tudo cai em cima do treinador, o que eu vejo como errado. A gente espera que esta cultura mude. No caso de Wassil, após quatro rodadas, a gente não viu evolução da equipe. Então conversamos e ele achou por bem se desligar. Foi em comum acordo, não foi uma demissão”, explicou.

O presidente do Serrano, Valdir Cabral, falou que algo que tem que ser prioridade é a boa relação do treinador com o grupo e com a diretoria. Ele reconheceu a cultura do futebol e afirmou que às vezes é mais fácil demitir apenas um e não o elenco todo.

“Vou ser sincero. No nosso caso, não havia uma boa relação com os atletas. Então como solução do clube temos que dar um posicionamento. Achar que é melhor para o clube. A gente tem que pensar em buscar o melhor. Mas é como diz aquela frase: é mais fácil sair um do que sair 11.Não é que a diretoria pensa em trocar, mas acontece. Acho que nunca vai mudar esta cultura no futebol”, disse.

A reportagem entrou em contato com os dirigentes de Treze, Sousa e Atlético de Cajazeiras, mas as ligações não foram atendidas. Neste fim de semana, o Paraibano terá mais uma rodada, que começa no sábado (24) com o jogo entre Auto Esporte e Atlético. No domingo (25) ocorrem mais quatro jogos.

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