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Enquete: 64% são a favor do comprovante de voto impresso

Desde as eleições de 2014, muito se questiona a respeito do sistema de votos das eleições brasileiras. Enquanto alguns grupos políticos e da sociedade duvidam da idoneidade das urnas eletrônicas, uma proposta de impressão de um comprovante de votação já foi aprovada pelo congresso, mas segue para julgamento no Supremo Tribunal Federal (STF). Em enquete realizada pelo Portal Correio, 64% dos participantes se declararam a favor do voto impresso.

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O certame foi realizada entre os dias 12 e 16 de março, e contou com a participação de 397 votantes, em que 256 se declararam a favor do voto impresso, enquanto 141 se posicionaram contra a nova adequação.

De acordo com o secretário de tecnologia da informação do Tribunal Regional Eleitoral (TRE), Cassimiro Júnior, ainda nas eleições deste ano, 5% das urnas devem adotar o sistema de impressão de comprovante de voto. Zonas eleitorais da Paraíba devem contar com urnas que imprimam os votos. “A previsão é para começar ainda é 2018, com 5% das urnas do Brasil, o que corresponde a aproximadamente 500 mil urnas. Quando o martelo bater, o desembargador Romero Marcelo vai escolher os municípios paraibanos que serão contemplados com aproximadamente 1000 urnas”, finalizou.

A decisão será julgada no STF por determinação da procuradora-geral da república, Raquel Dodge, que alegou que o projeto não especifica quais informações irão conter no comprovante. De acordo com a decisão, o voto impresso não passará pelas mãos do eleitor, mas será armazenado em um depósito e poderá ser utilizado para auditórias futuras.

Ainda segundo Cassimiro, o TRE é a favor da mudança, mas reitera a segurança e eficiência do sistema eleitoral brasileiro. “A nossa parte estamos fazendo, somos favoráveis que implante. Apesar de saber que não vai mudar nada no sistema, o povo quer, então vamos trabalhar para que haja”, comentou o secretário.

O cientista político José Artigas acredita que o voto impresso pode promover menos segurança ao sistema eleitoral, ao contrário do que a medida propõe, e também reforçou a idoneidade do voto eletrônico. “Todos os testes que foram feitos comprovam a lisura do mecanismo eletrônico, acho que é ruim a gente insistir no voto impresso. Isso vai favorecer clientelas, na contra-mão do objetivo sugerido, o voto impresso cria maior insegurança porque favorece a compra de voto, que em várias regiões do Brasil é tradicional, inclusive na Paraíba. É voltarmos aos tempos da Primeira República”, garantiu o especialista.

Artigas ainda ressaltou os custos que a mudança deve requisitar. “Existe um custo muito alto para essa adequação. O custo disso poderia garantir pelo menos umas três mil casas populares. O que vale mais a pena? O voto impresso é um passo atrás, e que não garante a legitimidade do mecanismo de controle”, finalizou.

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