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Entenda o que é a ‘greve branca’ decretada pelas polícias da PB

As Polícias Civil e Militar da Paraíba decretaram nessa quarta-feira (5) uma ‘greve branca‘, que a diminuição das atividades, mas sem paralisação. A categoria espera que o Governo do Estado se sensibilize para conceder reajuste salarial maior que os 5% anunciados para servidores estaduais, exceto professores que tiveram aumento de 12,84%.

Depois da reunião sem acordo com o Governo do Estado, nessa quarta (5), policiais civis, militares e Corpo de Bombeiros decidiram montar acampamento na Praça dos Três Poderes, no Centro de João Pessoa.

Greve branca

Nos próximos dias, os servidores de segurança pública suspenderão investigações a uma intensidade de 5% e planejam paralisações de 12 e 24h. De acordo com representantes do Fórum, a proposta referente ao reajuste salarial oferecida pelo Governo do Estado foi rejeitada por unanimidade.

Nos próximos dias, os agentes de segurança organizaram um calendário de ações que envolve a suspensão de investigações, paralisações de 12 e de 24h, o acampamento da Praça dos Três Poderes e a a operação padrão, conhecida como “greve branca” com redução da intensidade de trabalhos, ações e investigações a 5%.

A “greve branca” não significa paralisação ou que o policial deixará de ir ao trabalho, mas que seu ritmo de trabalho será correspondente ao tratamento de 5% dado pelo Governo. As ações seguem até uma resposta positiva em negociações com o Governo do Estado.

“Nossa intenção é dar dignidade aos nossos policiais que arriscam a vida pela população e, ao se aposentar, perdem metade do salário. Somos a polícia mais mal paga do Brasil e a que apresenta os melhores resultados”, disse Steferson Nogueira, delegado de Polícia Civil e presidente da Associação de Defesa das Prerrogativas dos Policiais Civis da Paraíba (Adepdel).

Propostas

Na tarde dessa quarta foi realizada uma Assembleia Geral Unificada seguida de manifestação com passeata, após mais uma tarde de reuniões com a equipe técnica do governador João Azevêdo (Cidadania).

A proposta dos policiais e bombeiros era de incorporar 100% na bolsa desempenho em 36 meses e um reajuste de 24% pelos próximos dois anos. Porém, o Governo da Paraíba apresentou a proposta de incorporar 30% na bolsa desempenho em 60 meses, além de 5% de reajuste em outubro para os ativos e na bolsa desempenho. Essa proposta foi rejeitada durante a Assembleia Geral Unificada, por unanimidade.

“Isso representa R$ 5 para os soldados e agentes operacionais da polícia civil inativos e, para os ativos em 60 meses, ou seja, em 5 anos. E ainda desconta desses R$ 5, o imposto de renda e previdência, para os ativos. Esta proposta foi rejeitada durante a Assembleia Geral Unificada, por unanimidade”, declara Steferson Nogueira.

Por enquanto, os policiais  permanecem com o acampamento na Praça dos Três Poderes por tempo indeterminado e, na tarde desta quinta-feira (6), os representantes do Fórum visitam unidades policiais a começar pelo Instituto de Polícia Científica (IPC) e batalhões mantendo o diálogo. As datas para as paralisações ainda não foram definidas.

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