Policiais civis e militares da Paraíba não chegaram a um acordo sobre reajuste salarial e decretaram greve branca, que consiste numa redução de 5% nas atividades. A decisão ocorreu por meio de assembleia da categoria realizada na tarde desta quarta-feira (5), em João Pessoa.
O Governo do Estado ofereceu pagar 30% da bolsa desemprenho, a partir de 2021 até 2025, em 60 parcelas, mas a categoria não aceitou, alegando que só representaria R$ 5 a mais nos salários de agentes e soldados.
Os policiais definiram ações que deverão ser realizadas nos próximos dias em protesto e uma delas já ocorreu nesta quarta (5), com manifestação na Praça dos Três Poderes, no Centro de João Pessoa.
Os policiais anunciaram ainda pelo menos mais duas paralisações, sendo uma de 12 horas e outra de 24 horas para ocorrer em datas que ainda serão definidas. A ameaça de greve geral continua aberta caso o governo não conceda reajuste maior que os 5% estabelecidos para todos os servidores públicos do Estado, exceto professores que tiveram 12,84%.
Durante entrevista à Rede Correio Sat, em 17 de fevereiro deste ano, o governador da Paraíba, João Azevêdo (Cidadania) não deu garantias de que concederia aumento maior que 5% aos policiais e falou que não pode comprometer as receitas do Estado administrando apenas folhas de pagamento.
“Não podemos pôr em risco a gestão de um estado com 4 milhões de pessoas, que precisam de saúde, educação e políticas públicas de inclusão. Não podemos nos limitar a fazer gestão de folha”.
Nesta quarta (5), a Comunicação do Estado foi procurada pela TV Correio para comentar a situação, mas não respondeu e informou que se pronunciaria depois. Até o fechamento desta matéria, não houve resposta.