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Entenda os pontos positivos e negativos do Jejum Intermitente

Especialista do EAD Unipê Campina Grande destaca os efeitos colaterais da prática alimentar e o perfil mais indicado para esse protocolo

Em alta na prática alimentar, é cada vez mais comum ouvir pessoas sinalizando que estão fazendo Jejum Intermitente. Mas, será que é uma dieta saudável?

De acordo com o professor de Nutrição do EAD Unipê Campina Grande, Acácio Barros, o Jejum Intermitente (JI) é um plano dietético caracterizado pela redução na ingestão energética usando um período de jejum alternado com o consumo livre de alimentos. A forma mais comum consiste em horas de jejum seguidas e oportunidades de ingestão livre em um mesmo dia.

O nutricionista alerta que ficar longos períodos sem comer pode influenciar na convivência social e afetar a saúde física e psicológica, além de impactar no desempenho das atividades do dia, até mesmo dificultando a concentração. “A pessoa que costuma fazer esse protocolo está mais propensa a tomar medidas compensatórias inadequadas como vômitos induzidos, uso de laxantes, inibidores de apetite e diuréticos. Alguns estudos comprovam que principalmente na primeira hora após o jejum, o risco de comer excessivamente depois é de 65% a mais”.

Em contrapartida, o Jejum Intermitente também tem pontos positivos, se efetuado de acordo com as orientações profissionais. “Essa prática melhora o perfil glicêmico por meio da redução significativa na glicemia, diminui significativamente a glicemia após comer e reduz a progressão do diabetes. Além disso, também influencia nos ritmos circadianos, por exemplo, no horário em que o alimento é ofertado, tem melhora na atenção do indivíduo, comparado com o período de jejum”, salienta Barros.

Ao realizar o Jejum Intermitente, o tempo máximo que uma pessoa pode ficar sem comer é de 24h. Mas, de acordo com o Instituto de Ciências Biomédicas (ICB) da USP, foram encontrados efeitos negativos no organismo de um protocolo de jejum em que ficaram 24 horas sem comer e 24 horas com alimentação à vontade.

Entre os efeitos negativos sinalizados pelo ICB estão: o aumento dos radicais livres e da secreção de insulina no pâncreas por conta da resistência à insulina, diminuição da ilhota pancreática, diminuição periférica da resposta à insulina, grande aumento da dimensão do estômago, redução da massa magra, aumento da quantidade de gordura geral, inclusive a visceral.

Apesar de alguns impactos negativos, a prática pode ser realizada em alguns indivíduos, exceto em crianças, idosos, gestantes, mulheres que estão amamentando e pessoas que vivem com o diabetes tipo I que são dependentes de insulina.

“Qualquer protocolo alimentar deve ser acompanhando e orientado por um profissional. No caso do jejum, o nutricionista é quem avalia se há a necessidade de aplicar esse método e qual seria o melhor tempo de janela de jejum, para não prejudicar o metabolismo da pessoa, e não pensando, somente, em emagrecimento, pois o jejum prolongado é prejudicial à manutenção da massa muscular, podendo gerar a perda dela”, finaliza.

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