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Entidades entram em guerra contra criação de guarda

O presidente do Clube dos Oficiais da Paraíba, coronel Francisco de Assis, confirmou ao Portal Correio, na tarde desta quarta-feira (4), que entidades da Polícia Militar vão se reunir na manhã desta quinta (5) para formalizar uma denúncia ao Ministério Público da Paraíba (MPPB) sobre uma lei, publicada no Diário Oficial do Estado, que garante guarda particular para ex-governadores. A medida foi sancionada por Ricardo Coutinho.

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Nós já conversamos no início da tarde desta quarta (4) e vamos fazer uma conversa final amanhã de manhã [quinta], para encaminharmos a denúncia ao Ministério Público, que já está sendo preparada. Não podemos aceitar esse tipo de absurdo. O governador já tem carro blindado. Quantos policiais morrem na viatura? A gente se sente totalmente agredido”, explicou coronel Francisco.

O presidente do COPM ainda disse que é possível que a polícia decida se manifestar de outras formas, através de atos públicos, por exemplo. “Nós vamos decidir isso tudo na reunião de amanhã. Convocamos todas as entidades em defesa da PM paraibana, como os Bombeiros, a Associação dos Inativos da Polícia, Associação das Mães e Esposas da Polícia e Bombeiros Militares da Paraíba, Associação de Subtenentes e Sargentos da PM, entre outros”.

De acordo com o coronel Francisco de Assis, o protesto ocorre porque a medida seria mais um privilégio bancado pela sociedade. “As entidades da Polícia Militar não concordam com essa decisão. Isso é uma afronta a toda sociedade paraibana, que já vive tão violentada com a insegurança. Nós fomos totalmente agredidos. Nós já não temos efetivos; foram várias promessas feitas e não cumpridas. Usar a polícia de privilégio, que é pago pelo cidadão, pelo estado, é, no mínimo, descabido neste momento. A instituição da PM não pode servir para ser usada por pessoas. Vamos buscar os guardiões da lei, o MP para agir imediatamente”.

 

Entenda o caso

Uma alteração em lei que trata sobre a estrutura organizacional do Estado criou cargos de assessor e assistente temporário de segurança e apoio a ex-governadores. Será uma guarda pessoal para os ex-gestores estaduais.

Conforme o texto, as funções serão ocupadas por praças da Polícia Militar, a partir do primeiro dia seguinte à conclusão ou interrupção do mandato, por período limitado a quatro anos.

“Perderá o direito ao benefício estabelecido neste artigo o ex-governador que fixar residência fora do Estado da Paraíba, enquanto perdurar tal situação. As despesas referentes ao custeio do serviço correrão por conta das dotações orçamentárias da Casa Militar do Governador”, ressalta o texto.

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