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Espaços públicos e verdes: entenda as vantagens para as cidades

Distribuir espaços verdes nas zonas urbanas democratiza o acesso ao lazer

Nesse dia 15 será comemorado o Dia Nacional do (a) Arquiteto (a) e Urbanista, instituído pela Lei nº 13.627/2018. Responsáveis por pensar e projetar edificações diversas e o espaço urbano, arquitetos e urbanistas podem contribuir diretamente para a construção de cidades mais inclusivas e sustentáveis a partir projetos feitos não só para habitação, mas para os espaços públicos. E as cidades só têm a ganhar com isso.

Arquitetos e urbanistas devem trabalhar colaborativamente com profissionais das mais diversas áreas, como engenheiros, geógrafos, biólogos, entre outros, para garantir que os espaços verdes possuam qualidade infraestrutural e ambiental suficientes para encorar que as pessoas os usem. Com o cumprimento desses requisitos, tais espaços são capazes de colaborar com a redução da disseminação de agentes patológicos através do ar, prevenindo doenças e outros agravos.

O arquiteto, urbanista e Prof. Dr. Ricardo Costa do Nascimento recorda que mais do que isso, a distribuição igualitária de espaços verdes nas zonas urbanas é fator de democratização do acesso ao lazer. Isso possibilita, por exemplo, que as pessoas não se desloquem para muito distante em busca de amenidades ambientais.

“Estudos do pesquisador da Universidade Federal Fluminense, Prof. Dr. Vinícius de Moraes Netto, e publicados no livro ‘Cidade e Sociedade: as tramas da prática e seus espaços’, revelam que grupos de maior renda possuem acessos diversificado ao lazer porque são capazes de ter gastos maiores com transporte e consumo, o que também viabiliza o contato com territórios não necessariamente próximos às suas residências ou locais de trabalho”, cita Ricardo, que é professor do curso de Arquitetura e Urbanismo do Unipê.

Na contramão, quem tem renda menor em contexto de mais desigualdade social tende a se relacionar mais com as áreas de lazer próximas às suas residências ou trabalho. O motivo é que essa camada da população não consegue comprometer uma fatia maior do seu orçamento com transporte e consumo.

“Desse modo, o encurtamento dessas distâncias para os espaços públicos evita o uso excessivo do meio de transporte individual e proporciona uma maior economia, principalmente para população de menor renda que depende quase que exclusivamente de transporte público. Além disso, outra vantagem dos espaços públicos é que eles permitem a interação entre diferentes grupos sociais de faixas etárias heterogêneas, diversificando assim os padrões de sociabilidades”, argumenta o arquiteto.

Outras vantagens são: a prática de atividades em áreas verdes, que é mais prazerosa, saudável e segura do que em setores muito adensados onde há ruídos, poluição e risco de acidentes; os entornos próximos às praças arborizas e parques tendem a apresentar um microclima médio menor do que em outros locais de intensa concentração construtiva. “Por fim, o contato e o acesso fácil aos espaços públicos e livres verdes é capaz de melhorar a conscientização das pessoas sobre a preservação dos ambientes naturais”, conclui Ricardo.

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