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Esporotricose: conheça os sintomas e saiba quando buscar ajuda

Especialista do Unipê explica os diagnósticos e a forma de tratamento da doença

Em vários estados do Brasil a esporotricose tem sido um problema de saúde pública importante. Aqui na Paraíba, vivemos em uma região endêmica para essa infecção causada pelo fungo Sporothrix e que afeta seres humanos e animais. E saber os sintomas da doença pode ajudar a buscar ajuda profissional.

Mordeduras e arranhaduras estão entre as principais causas de transmissão da doença. As manifestações clínicas da patologia envolvem a pele e o sistema linfático, apresentando lesões características para a esporotricose. Geralmente, os pacientes são aqueles que estão em contato com o solo e ou plantas e, no caso dos humanos, quando estão presentes em um local com grande quantidade de felinos – a doença é mais comum em felinos.

Sintomas

Na esporotricose cutânea, os profissionais observam, em animais e em seres humanos, a presença de nódulos avermelhados – em geral, eles não causam dor no local onde o fungo foi inoculado. Esses representam o primeiro momento da doença.

“O período de aparecimento desses sintomas varia bastante. Pode ser de uma semana até três meses para que haja o surgimento dessa pápula após a contaminação. E muitas vezes há o costume de confundir muito com uma picada de inseto”, comenta o Prof. Dr. João Paulo de Lacerda Roberto.

Coordenador do curso de Medicina Veterinária do Unipê, João diz a segunda etapa se caracteriza pela transformação do nódulo em úlcera. Nos animais, em geral, acomete mais gatos que cachorros, podendo apresentar nódulos e pequenas úlceras em partes do corpo. Em gatos, a doença costuma ser mais grave.

Nos seres humanos, a ocorrência envolve as extremidades, como pés e mãos, além das pernas e dos braços. “Se não for tratada de forma correta, essa esporotricose cutânea pode durar anos no caso dos seres humanos. O paciente pode ter uma evolução para uma esporotricose linfocutânea, que se apresenta ao longo do trajeto do vaso linfático com lesões múltiplas bastante características, nodulares”, conta.

Diagnóstico e tratamentos

O diagnóstico pode ser feito de forma clínica, ou seja, observado as lesões, e laboratorial. “No laboratório de análises clínicas, fazemos uma biópsia da pele através de histologia, de cultura do agente e de PCR, onde são identificados o DNA nessa amostra”, apresenta João, que é médico veterinário.

Por sua vez, o tratamento é feito com antifúngicos de forma individual para cada pessoa ou animal afetado pela doença, sendo prescrito pelo profissional em medicina ou medicina veterinária. O tratamento é longo, variando de três até seis meses

“Geralmente nas principais afecções causadas pelo Sporothrix nós recomendamos o uso de itraconazol por via oral. É um tratamento longo, que deve ser bem observado e ter muito cuidado para que a doença não evolua para uma esporotricose pulmonar e ou articular, o que chamamos de esporotricose disseminada”, aponta João.

A prevenção inclui, no caso dos profissionais, a utilização dos Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) adequados, do jaleco, camisas de manga longa e atenção aos ferimentos nos presentes nos animais. “Para a esporotricose, infelizmente, ainda não existe uma vacina para fazer a imunização de forma preventiva”, conclui.

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