Há infinitas possibilidades de aprendizado e desenvolvimento infantil quanto ao uso de eletrônicos em geral, inclusive os conectados à internet. Mas isso não deve ser razão para deixar crianças e adolescentes acessando smartphones e computadores, por exemplo, de qualquer forma e por muito tempo. Por outro lado, esse cuidado não deve ultrapassar uma barreira: a da vigilância parental. Então como ajudar filhas e filhos nesse processo?
A chave é o diálogo! Para a Profa. Dra. Vanessa Alexandrino, do curso de Psicologia do Unipê, essa vigilância seria a observação do uso de eletrônicos sem informar que isso ocorrerá. Por isso, para que haja compreensão e, consequentemente, não haja atritos, Vanessa indica que o jovem deve ser informado de que os pais irão controlar o seu uso das redes sociais, por exemplo, o que servirá para protegê-lo de perigos que possam acontecer.
“Pais ou responsáveis devem salvaguardar a segurança de seus filhos, evitando demasiada exposição de vida pessoal, íntima em redes sociais”, explica a psicóloga. “Então é preciso estabelecer regras para o uso de telas e este uso deve ser bem planejado, para que não seja iniciado pelas crianças prematuramente, a exemplo das menores de dois anos de idade”, aponta.
O avanço tecnológico traz desafios, possibilidades e novas maneiras de educar crianças e adolescentes. Mas quando se trata especialmente da internet, um espaço que as deixa vulneráveis ao contato de outras pessoas, é preciso orientar boas formas de usar dispositivos como smartphones e computadores, inclusive para evitar impactos no desenvolvimento infantil causado por uso excessivo de telas.
A Sociedade Brasileira de Pediatria diz que não é recomendável o uso de telas por crianças menores de 2 anos de idade. Aquelas de 2 a 5 anos, recomenda-se o uso por 1 hora/dia; entre 6 e 10, o limite deve ser de 2 horas/dia; entre 11 e 18, de 2 a 3 horas/dia.
“Os pais podem criar regras de horários para usar as telas, por exemplo: não utilizá-las durante as refeições nem perto do horário de dormir”, diz Vanessa. Além de controlar o período de acesso aos dispositivos, a família pode pedir que a criança compartilhe senhas e instalar aplicativos que possibilitam o controle parental, dando acesso a certos sites e bloqueando outros.
Um dos grandes indicadores é a mudança de comportamento da criança, que pose se tornar mais introspectiva, agressiva ou demonstrar tristeza, por exemplo. Aqui a indicação é novamente buscar o diálogo.
“É importante que a família estabeleça um bom padrão de comunicação com seus filhos, de modo a auxiliar na fluidez do compartilhamento de informações e que as crianças desde sempre entendam que podem contar com o apoio familiar, sem grandes julgamentos. Então é preciso ter uma boa comunicação entre pais e filhos, pois esta sempre será a melhor solução para um controle parental de qualidade e respeito pelos jovens”, pontua.
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