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Falta extintor ABC, mas motorista que não o tiver será multado

Segundo os vendedores, os preços podem variar entre R$ 70 e R$ 120, podendo ficar mais caros, dependendo dos fabricantes

Os motoristas da Grande João Pessoa estão com problemas para comprar o extintor ABC, após a determinação do Conselho Nacional de Trânsito (Contran) de que o uso do produto é obrigatório desde o dia 1º de janeiro deste ano. O Portal Correio pesquisou nesta segunda-feira (5) em seis lojas especializadas da Capital e todas estão sem o extintor ABC. Segundo os vendedores, os preços podem variar entre R$ 70 e R$ 120, podendo ficar mais caros, dependendo dos fabricantes.

O autônomo José Francisco Correia, de 54 anos, que mora no Cidade Universitária, comprou um carro novo em novembro de 2014 e diz que teve sorte porque o veículo já veio equipado com o extintor ABC. Todos os automóveis fabricados a partir de 2005 já saem da fábrica com o equipamento e, conforme a resolução do Contran, circular sem o equipamento é infração grave com multa de R$ 127,69 e cinco pontos na carteira de habilitação.

Porém, essa mesma sorte não chegou para muitos motoristas que ainda não conseguiram comprar o produto. Nas seis lojas pesquisadas pelo Portal Correio, além da procura ter zerado os estoques, os comerciantes estão tendo problemas para a reposição porque as fábricas de extintores, todas fora da Paraíba, estão demorando a atender aos pedidos e só fabricam o produto a cada seis meses.

O Departamento Nacional de Trânsito (Denatran) divulgou nesta segunda-feira (5) que não há possibilidade de suspender a fiscalização e a multa para os motoristas que não cumpriram a determinação de uso nos automóveis do extintor do tipo ABC.

Levantamento Portal Correio

Veja abaixo a a relação de estabelecimentos pesquisados pelo Portal Correio e a situação das vendas dos extintores ABC.

Na Casa dos Extintores, todo o estoque que havia na loja foi vendido em menos de duas horas e os novos pedidos só devem chegar em 15 dias, contados a partir desta segunda (2). O produto estava a R$ 70. Na ABC Incêndio, todo o estoque que deveria ser comercializado em seis meses, acabou em 15 dias, a R$ 70, e a reposição só deve ocorrer em 30 dias.

A Secincêndio informou que também está com o estoque zerado, com produtos vendidos a R$ 80, mas adianta que não tem previsão de quando vai receber mais equipamentos. A Art Incêndio estava com 15 caixas, cada uma com seis extintores, e vendeu todos nesta segunda-feira (5), a R$ 100 cada um. A previsão é de que os novos pedidos cheguem em 20 dias.

A Trevincêndio também está com o extintor ABC em falta depois de ter vendido todos os 1.500 que tinham no estoque apenas em dezembro, a R$ 70. A Fire disse ao Portal Correio que está sem extintores ABC desde sexta-feira (2) e os preços dos novos pedidos podem variar entre R$ 85 e R$ 100, a depender do fabricante.

Motorista teve dez anos para providenciar novo extintor

Segundo o responsável pela comunicação da Polícia Rodoviária Federal da Paraíba, Éder Rommel, o motorista que for pego dirigindo sem o modelo de extintores ABC deverá ter o veículo retido e vai pagar uma multa no valor de R$ 127,69, além de receber cinco pontos na carteira; a infração é considerada grave e o veículo pode ser liberado mediante a apresentação do extintor adequado, mas o procedimento não isenta o condutor da multa nem dos pontos.

Ainda de acordo com o Rommel, outra possibilidade é que o condutor tenha o veículo liberado, mas fique o documento do carro retido no posto da PRF; nesse caso o motorista fica com um recibo que comprove a entrega do documento e tem que retornar à unidade da polícia em até 48h, tempo hábil para adquirir o equipamento de combate a incêndio, podendo assim ter a documentação veicular liberada, mas também não há isenção de multas ou pontos.

“O condutor não tem como estar livre da multa porque o mercado não está conseguindo suprir as necessidades; os carros fabricados a partir de 2005 já saíram de fábrica com o extintor ABC e os donos de veículos de anos anteriores já tiveram tempo de realizar as trocas”, disse ele. A obrigatoriedade do modelo atual de extintores está prevista na resolução 157 do Conselho Nacional de Transito (Contran), de 22 de abril de 2004.

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