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Ginecologista conta como reforçar a saúde íntima

Confira dicas do que pode ajudar a melhorar a saúde vaginal

Para manter a saúde da vagina, é essencial que a higienização adequada seja feita ao menos uma vez por dia. Mas, no cotidiano, há práticas que podem ajudar mulheres cisgênero, homens trans e outras pessoas com vagina a terem uma melhor qualidade na saúde íntima e de vida.

É preciso conhecer, então, os agentes que desequilibram o meio vaginal, que podem ser divididos em dois: intrínsecos, que vêm de dentro, e extrínsecos, que vêm de fora. “Os agentes intrínsecos dizem respeito a fatores genéticos, hormonais, estresse, gravidez e obesidade”, explica a médica ginecologista, obstetra e professora Etiene Galvão, do curso de Medicina do Unipê.

Já os extrínsecos são relacionados a algumas práticas diárias, como a falta de higienização, usar roupas íntimas que não promovem a respiração e ou que apertem a área. Sendo assim, Etiene elenca algumas dicas:

– Lenço umedecido: usá-lo quando não tiver água corrente. Ele deve ter pH ácido, de preferência sem álcool;

– Coletor menstrual: se você faz uso desse dispositivo, retire-o a cada 4 ou 6 horas para higienizá-lo;

– Absorventes: trocar o seu absorvente de 4 em 4 horas durante o seu período menstrual. E caso haja necessidade de absorventes externos todo dia, que sejam respiráveis;

– Roupas íntimas: use somente as de algodão, pois elas promovem a respiração da área, e não deixe apertadas. Ao lavá-las no banheiro, jamais deixe-as secando por lá, elas precisam secar em ambiente arejado. E não use calcinha para dormir, afinal, a aeração da vulva mantém a região seca e evita infecções fúngicas.

Alimentação, pomadas e óleos

Uma alimentação adequada faz bem ao corpo inteiro, incluindo a região íntima. Então, as pessoas podem se beneficiar com o consumo de frutas (maçã e cranberry, por exemplo), hortaliças, como couve e alho, cereais integrais, iogurte, água de coco, chá verde e, claro, água.

Vitaminas? Como o pH vaginal equilibrado é ácido – esse aspecto inibe o crescimento de microrganismos responsáveis por infecções –, a vitamina C seria uma indicação, mas para pacientes com repetidas alterações da microbiota vaginal, devendo ser autorizado por profissional competente, de acordo com cada paciente.

“Já as pomadas ou os cremes podem ser aplicados na região vulvar na presença de infecções fúngicas, reposição hormonal tópica, processos alérgicos, pós-depilação, entre outros; os óleos, por sua vez, em situações como medida adjuvante, como óleo de coco extra virgem e 100% natural. Mas, use somente com indicação do seu ginecologista, pois todo medicamento deve ter comprovação científica”, diz.

Depilação e pompoarismo

A depilação íntima costuma ser um momento desconfortável por conta da irritação que pode gerar na pele. Mas, antes de depilar, a dica é aparar os pelos e lembrar que no complexo labial é preciso deixar uma camada de pelos curta, que funcionará como defesa natural.

Então, hidrate a sua pele com água (3-5 minutos) antes de aparar. Depois, esfolie a pele ao redor da virilha, isso evita ou reduz a irritação na depilação. Use um gel de depilação antes e durante o processo. Depile de forma leve, mas firme, no sentido contrário ao crescimento do pelo. Enxague a virilha principalmente e seque com uma toalhinha limpa e seca, pressionando por mais ou menos 2 minutos. Por fim, hidrate a região.

Etiene ainda diz que o pompoarismo, que é um exercício de contratura muscular do assoalho pélvico (inclui a musculatura vaginal), pode beneficiar a saúde íntima e sexual. “O pompoarismo é um exercício de ginástica íntima que faz com que aumente a elasticidade vaginal. Assim, há uma maior sensação da percepção do pênis no ato sexual. A prática evita a flacidez vaginal, aumentando e prolongando o prazer na hora do sexo, entre outros, embora tenha que ser orientado por um (a) ginecologista”, pontua.

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