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Golpe de relacionamento: como reconhecer fakes em apps?

Especialista do Unipê dá dicas para se proteger de perfis falsos

A busca por relacionamento por meio de aplicativos voltados para isso se normalizou na última década. E hoje há diversas ferramentas disponíveis que facilitam que pessoas se conheçam e tenham contato. Mas, também surgem relatos de perigos vividos que foram praticados com perfis fakes: estelionato, extorsão e sequestro são alguns dos crimes comuns ocorridos e registrados.

Para se ter uma ideia, de janeiro a março deste ano, a Divisão Antissequestro do Departamento de Operações Policiais Estratégicas (Dope) de São Paulo, unidade especializada em sequestro da Polícia Civil paulista, computou 18 casos de “golpe do Tinder”, esclareceu 14 ocorrências e prendeu 56 suspeitos. No ano passado o total de casos foi de 115.

“Em todo o Brasil a Polícia estima que há subnotificação sobre os crimes relacionados às redes sociais. Tendo isso em vista, deixo meu alerta para todos: jovens, adultos, idosos, de qualquer gênero, que faça uso de tais aplicativos, qualquer pessoa está sujeita a ser enganada e se tornar uma vítima”, comenta a consultora de empresas na área de proteção de dados e Profa. Dra. Kaiana Vilar, do curso de Direito do Unipê.

Como reconhecer fakes?

Nesse contexto de possíveis “golpes de relacionamento”, diferenciar perfis reais de fakes pode ajudar na prevenção contra crimes. Para isso, a especialista Kaiana separou algumas dicas:

  1. Primeiro sinal: fotos borradas, cortadas ou que não mostram bem o rosto. Para identificar melhor basta dar zoom na fotografia e reparar elementos que confirmam ou não que a pessoa é verdadeira. Exemplo: diz ser brasileira e morar no Brasil, mas você percebe elementos de outros países (isso já é motivo para desconfiar);
  2. Redes sociais: tente confirmar a identidade buscando o perfil do indivíduo em outras redes sociais. Se houver algum amigo em comum, peça informações sobre a idoneidade da pessoa;
  3. Pesquisar: com os elementos adquiridos nas primeiras conversas, o conselho é fazer uma ampla pesquisa pelo nome e a foto no Google.

“É simplesmente fazer um print da foto no aplicativo de namoro, abrir o site do Google e, ao invés de digitar algo para buscar, clicar na imagem de uma câmera que se apresenta logo ao lado. Em seguida, fazer o upload do arquivo. Aí o Google apresentará uma relação completa de onde aquela mesma foto foi postada, e de repente você pode descobrir que aquela foto não se trata de ‘João que mora em São Paulo’, mas de um modelo turco que não tem ideia que suas fotos estão sendo usadas para tal finalidade”, exemplifica Kaiana.

Cuidados extras

Se a relação ainda está só acontecendo no aplicativo, mesmo confirmando a identidade da outra pessoa, é importante evitar informações detalhadas da sua rotina. Afinal, a idoneidade desse indivíduo ainda não é bem conhecida.

Por isso, é bom evitar compartilhar:

– Nome completo;

– Locais: de empresa ou órgão onde trabalha, residencial e de academia, por exemplo;

– Fotos: com camisa do trabalho, com filhos (especialmente se estiverem com farda da escola), com objetos de alto valor monetário, como carro ou joias, e parentes (principalmente se conhecidos pelo alto poder aquisitivo);

– Se mora sozinho (a) e ou acompanhado (a);

– Endereço residencial e de academia;

– Locais e horários que costuma frequentar.

“Todas essas informações atraem e facilitam a atividade de um golpista”, reforça Kaiana. “E em hipótese nenhuma compartilhar informações bancárias ou fazer qualquer tipo de transferência. Importante também ficar alerta para links suspeitos enviados. É dessa maneira que os criminosos roubam os dados do seu aparelho e inclusive sua identidade virtual para aplicar golpes não apenas em você, mas em outros contatos seus”, conclui.

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