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Jovens e negros são principais vítimas de assassinatos

Mais de 1.300 vidas foram tiradas na Paraíba em 2017. É o que aponta o Atlas da Violência 2019, divulgado nesta quarta-feira (5) pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). Segundo os estudos, há dois anos o número de homicídios no estado foi de 1.341, contra 1.355, o que representa 14 casos a menos ou uma redução de apenas 1%. Desse montante, as principais vítimas são negros (1.227) e a principal causa é arma de fogo (1.054).

A Paraíba também apresentou uma leve queda em relação ao número de mortes para cada 100 mil habitantes. Em 2016, a taxa foi de 33,9/100 mil. Já em 2017, o número foi de 33,3. Se comparado com 2007, primeiro ano de amostragem da pesquisa, o último índice apresenta uma considerável alta, já que pulou de 23,7 para o número já citado.

Quando relaciona-se esse índice a jovens, a taxa cresce consideravelmente. Em 2017, foram 72 homicídios para cada 100 mil habitantes nesta faixa etária. O número fica, inclusive, acima da média nacional, que foi de 69,9.

Homens e jovens são principais alvos

Ataxa de homicídios entre homens jovens na Paraíba é de 136,8 para cada 100 mil habitantes, também acima da média nacional, que é de 130,4. Dos 1.341 homicídios no estado em 2017, 709 foram de pessoas entre 15 e 29 anos, sendo desses, a maioria homens (668 casos).

Feminicídios e crimes contra população LGBTQI+

Um índice que chama atenção é em relação aos feminicídios. Esses tiveram uma redução significativa no número de crimes, caindo de 107 em 2016 para 88 em 2017, o que representa um queda de 17,8%.

Já o número de denúncias contra crimes LGBTQI+ sofreu um pequeno aumento, saltando de 44 (2016) para 46 (2017). As tentativas de homicídio contra essa população, em contrapartida, caíram de 2 em 2016 para nenhuma em 2017. Por outro lado, o número de assassinatos quadruplicou, saltando de 2 para 8.

O que diz o Governo

Em resposta enviada para ao Portal Correio, a Secretaria de Segurança e Defesa Social da Paraíba (Seds) afirmou que realiza o acompanhamento de Crimes Violentos Letais Intencionais (CVLI), que são os homicídios dolosos ou qualquer outro crime doloso que resulte em morte,  diariamente  e apresenta mês a mês os dados contabilizados pelo Núcleo de Análise Criminal e Estatística (Nace) da Secretaria da Segurança e da Defesa Social (Sesds).

“A medida faz parte das ações do programa Paraíba Unida pela Paz, instituído desde 2011 e que contabiliza uma redução de assassinatos em território paraibano durante sete anos consecutivos e também nos primeiros cinco meses deste ano (-20%)”, disse.

Ainda em sua defesa, o governo ressaltou que a Paraíba aparece como o quinto maior percentual de redução na taxa de homicídios de 2012 a 2017, que é de 16,7% no período.

A secretaria também apresentou outros números em sua defesa como a sétima menor taxa de crimes desse tipo com vítimas do sexo feminino em 2017, no país, o segundo maior percentual de redução acumulada de 2012 a 2017 na Taxa de Homicídios de Mulheres, que é de 35,8%, perdendo apenas para o distrito Federal e  o terceiro maior percentual de redução acumulada de 2012 a 2017, no número de Homicídios cometidos por armas de fogo.

“Dessa forma, notadamente, o programa Paraíba Unida pela Paz vem reduzindo a violência no Estado, pois os dados do Datasus, captados pelo Ipea, corroboram as informações já divulgadas pela Sesds, que são produzidas com rigorosa e séria metodologia e possuem grande confiabilidade nacionalmente reconhecida. Nesse sentido, o próprio estudo do Atlas da Violência demonstra que ocorreu uma redução de 45,6% de 2007 a 2017, nas mortes por causa indeterminada no Estado”, finalizou.

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