O Hospital Materno Infantil João Marsicano, em Bayeux, na região metropolitana de João Pessoa, foi interditado pelo Conselho Regional de Medicina da Paraíba (CRM-PB), no início da tarde desta quinta-feira (9). Técnicos da Agência Estadual de Vigilância Sanitária (Agevisa) também estiveram no hospital pela manhã e interditaram a unidade pelo mesmo motivo: falta de esterilização dos instrumentos e materiais utilizados no hospital.
Alguns problemas na central de esterilização do hospital são antigos e recorrentes. No ano de 2018, o hospital foi interditado três vezes pelo CRM-PB (em março, em novembro e em dezembro) por este mesmo motivo.
“Infelizmente não podemos permitir que um hospital funcione sem uma central de esterilização. A informação que tivemos é que as máquinas já foram adquiridas, mas ainda não foram instaladas. Aguardamos contato dos gestores e a resolução do problema, para desinterditar o hospital o mais rápido possível”, disse o diretor de fiscalização do CRM-PB, João Alberto Pessoa.
Diariamente, são realizados cerca de dez partos no hospital, sendo em torno de três cesáreas. Com a interdição ética dos médicos, novas pacientes não poderão mais ser internadas.
“Claro que os pacientes que estão internos terão toda a assistência necessária até a sua alta. Se chegar um paciente com risco de vida também será atendida. Mas o hospital não tem condições de internar mais ninguém para que não haja um problema mais grave”, explicou o diretor do CRM-PB.
O Portal Correio entrou em contato com o secretário de Saúde do município, José Gilliard Abrantes, que ficou de emitir uma nota de posicionamento, mas até a publicação desta matéria, ele só havia dito que o problema seria sanado ainda nesta quinta (9).
Nesta sexta (10), a Secretaria de Saúde de Bayeux disse à Rede Correio Sat que está trabalhando para que o serviço seja normalizado o mais rápido possível.