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Instituições alertam sobre como se proteger de notícias falsas

Com o avanço da pandemia do novo coronavírus, a propagação de notícias falsas nas redes sociais sobre o vírus tem ganhado velocidade, espalhando o medo para algumas pessoas, descaso com a curva de transmissão e sofrimento a partes do país.

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Cartilha foi desenvolvida no Campus da UFPB em Bananeiras (Foto: Divulgação)

Aqui na Paraíba, jornalistas e instituições têm alertado sobre como se atentar sobre o que são as fake news e como combater a propagação desse vírus de desinformação.

Na Universidade Federal da Paraíba (UFPB), uma cartilha foi produzida por professoras do curso técnico em Nutrição e Dietética do Colégio Agrícola Vidal de Negreiros (Cavn), no campus III da instituição, em Bananeiras, que pretende auxiliar e orientar a população sobre os cuidados sanitários básicos para controle e prevenção do novo coronavírus.

A cartilha traz informações tais como o que é o novo coronavírus, as formas de transmissão e, principalmente, de prevenção, desde os cuidados com higiene pessoal, abordando inclusive as regras de etiqueta respiratória e protocolo de segurança para evitar contaminação ao sair de casa. O texto é baseado em orientações oficiais e em estudo publicado pela revista científica New England Journal of Medicine, segundo a qual o coronavírus sobrevive até três dias em algumas superfícies, como plástico ou aço.

A cartilha explica, ainda, como deve ser a manipulação e preparo de alimentos, a higiene do domicílio, os produtos mais relevantes e com custos menores para uma higienização eficaz contra o vírus e traz uma relação das perguntas e respostas mais frequentes sobre o novo coronavírus, a fim de combater informações e notícias falsas.

O material foi idealizado pelas professoras Catherine Carvalho, Amanda Sant’Ana, Isabelle Polari e Kataryne Oliveira, e pode se conferido clicando aqui.

E João Pessoa, no Instituto Federal da Paraíba (IFPB), um aluno desenvolveu um aplicativo que dissemina informações confiáveis sobre o coronavírus, denominado COVID 19: Utilidade Pública.

O objetivo do app é levar informações de fontes confiáveis para o usuário sobre a COVID-19 e combater o abuso de preços nos produtos mais procurados na época de pandemia. Segundo Leandro, outra utilidade do aplicativo é evitar a disseminação de notícias falsas, as chamadas Fakes News, relacionadas à pandemia.

“Eu desenvolvi o aplicativo com o intuito de ajudar os usuários com informações acerca da atual situação mundial relacionada ao coronavírus de forma ágil, fácil e com credibilidade, fugindo, dessa forma, das fake News”, frisa Leandro Cabral, idealizador do aplicativo.

Para instalar o app, basta acessar o site Uptodown  e buscar no site por: COVID 19: Utilidade Pública, ou clique aqui. Ao clicar no app, o usuário tem que permitir a instalação em seu aparelho. “O aplicativo está disponível apenas para plataforma Android, porém estou desenvolvendo uma versão para plataforma IOS”, explica Leandro.

Preocupação dos órgãos públicos

Além da disseminação de informações falsas contra a pandemia, outros setores também são atingidos. O Governo Federal sancionou, na tarde de quarta-feira (1º), a Medida Provisória (MP) que cria uma renda básica emergencial de R$ 600 como auxílio aos trabalhadores informais, autônomos e sem renda fixa, durante a crise provocada pela pandemia do novo coronavírus. E estão sendo divulgados, por meio de Whatsapp e e-mails, links e aplicativos falsos para cadastramento de interessados em receber a renda emergencial já aprovada pelo Congresso Nacional.

A Defensoria Pública do Estado da Paraíba (DPE-PB) informa que a decisão ainda está pendente de sanção presidencial e de medidas de operacionalização. Tais mensagens contém endereço e logomarca bastante similares aos do Governo Federal e visam a obter dados pessoais dos usuários, com intenção fraudulenta. A Defensoria Pública recomenda que não sejam respondidas nem repassadas pela população e que a plataforma de cadastro e os locais de pagamento dos benefícios serão divulgados em breve.

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Centro Administrativo de João Pessoa (Foto: Divulgação/ Secom-PMJP)

A população deve ficar atenta e as dúvidas sejam sanadas exclusivamente nos canais oficiais. A Prefeitura Municipal de João Pessoa (PMJP) tem a preocupação de que a propagação das fake news prejudique o trabalho dos órgãos oficiais na luta em combater o vírus. A recomendação da Secretaria Municipal de Saúde é que a população deve sempre pesquisar a fonte de onde vem a notícia, evitando a propagação dos boatos. 

“As fake news são contradições da tecnologia, elas dão rapidez à informação, porém, disseminam mentiras. Podem ser consideradas também um vírus, o vírus da maldade”, comenta o secretário municipal de Saúde, Adalberto Fulgêncio. 

Na página da Prefeitura Municipal (http://www.joaopessoa.pb.gov.br/) é possível encontrar as informações oficiais das ações da gestão Municipal. Já nas redes sociais (Instagram e Twitter – @prefjoaopessoa; Facebook @prefeituradejoaopessoa) a população pode conferir informações sobre o coronavírus, os sintomas e formas de prevenção. Outra maneira de a população entrar em contato para buscar informações sobre o coronavírus é pela Central de Orientação, no telefone 3218-9214.

Disseminar fake news é crime

No dia 26 de março, foi sancionada a lei que estabelece multa a quem divulgar notícias falsas (fake news) sobre pandemias, epidemias e endemias em meios eletrônicos. Conforme o texto, de autoria do deputado estadual Wilson Filho, a multa será aplicada a todos que espalharem informações falsas sobre doenças, seja a Covid-19 ou qualquer outra.

O valor da multa pode variar de 20 a 200 Unidades Fiscais de Referência do Estado da Paraíba (UFR-PB). De acordo com a cotação de março, a multa ficaria entre R$ 1 mil e R$ 10 mil, de acordo com a gravidade da ação cometida. O dinheiro da multa será revertido para o sistema de saúde.

Campanhas contra a desinformação

O Sistema Correio de Comunicação lançou uma campanha de combate à disseminação de fake news nas redes sociais e reitera o compromisso com a informação e a checagem dos fatos para os leitores consumirem conteúdo confiável.

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Campanha do Sistema Correio (Foto: Divulgação)

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