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João Azevêdo acredita em ‘bom senso’ contra greve de policiais

O governador da Paraíba, João Azevêdo (sem partido), acredita no “bom senso” e que “haverá um caminho” para evitar greve de policiais e servidores da segurança pública, conforme ameaça da categoria, na sexta-feira (17).

Assim como a maioria dos servidores públicos do Estado, os policiais também tiveram um reajuste salarial de 5% que, quando descontada a inflação medida pelo Índice Nacional do Preços ao Consumidor (INPC) de 4,48%, registrada em 2019, representa um aumento real de 0,52%. Apenas professores tiveram reajuste maior nos salários, com 12,84%, e ganho real de 8,36% sobre a inflação.

João Azevêdo foi o entrevistado desta sexta-feira (24) do programa Correio Debate, da Rede Correio Sat. “Vamos discutir e apresentar os números, analisar as propostas apresentadas. Não tenho dúvidas de que vamos encontrar um caminho. Acredito no bom senso e no compromisso dos homens e mulheres que fazem a segurança deste estado”, disse ele, confiante no diálogo para evitar a paralisação geral.

Perguntado se há a possibilidade de conceder um aumento salarial maior que os 5% já anunciados para os servidores da segurança pública, João não deu resposta afirmativa, mas garantiu que a condição será discutida e avaliada a partir de números concretos. “Não podemos pôr em risco a gestão de um estado com 4 milhões de pessoas, que precisam de saúde, educação e políticas públicas de inclusão. Não podemos nos limitar a fazer gestão de folha”.

Convocação de suplentes da polícia

De acordo com o governador, 230 suplentes aprovados em concurso da Polícia Militar ainda aguardam convocação. Segundo João, 1.087 já foram chamados, dentre 1 mil do quadro oficial de vagas e 87 da suplência. Ele explicou que a convocação de suplentes depende da abertura de novas vagas na PM e do orçamento do Estado.

Greve de policiais

Na manhã de sexta-feira (17), representantes do Fórum das Entidades das Polícias Civil e Militar da Paraíba, composto por 14 entidades, foram recebidos pela equipe econômica do Governo do Estado, porém não houve avaliação da proposta de subsídio e média salarial do Nordeste apresentada em dezembro de 2019. Insatisfeitos, os sindicalistas saíram da reunião anunciando que uma greve é possível.

Os representantes das entidades foram recebidos pela equipe técnica do Governo do Estado que, além de não avaliar a 2ª proposta de pagamento de subsídios entregue em dezembro de 2019, propuseram um reajuste de 5% para todos os servidores, o que não foi aceito pelos sindicalistas, que alegaram que a cobrança da previdência retirará 3% do proposto aumento.

“Marcamos uma Assembleia Geral para fevereiro porque acreditamos no diálogo. Não é possível que depois de tanto fazermos pela sociedade paraibana, com 8 anos consecutivos de  redução de criminalidade, o Governo não faça o que os outros estados do Nordeste já fizeram, que é pagar dignamente o policial militar e civil. Estamos pedindo apenas uma média salarial fracionada até 2022”, afirmou Steferson Nogueira, presidente da Associação de Defesa das Prerrogativas dos Delegados de Polícia da Paraíba (Adepdel).

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