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Líder da oposição pede investigação de ministro e irmão de Lula por esquema no INSS

Representação na PGR acusa Wolney Queiroz e Frei Chico por omissão e participação em esquema de desvio de benefícios
Frei Chico, irmão do presidente Lula e dirigente do Sindicato Nacional dos Aposentados (Sindnapi)

O deputado federal Luciano Zucco protocolou representação criminal na Procuradoria-Geral da República contra o ministro da Previdência Social, Wolney Queiroz, e José Ferreira da Silva, o Frei Chico, irmão do presidente Lula e dirigente do Sindicato Nacional dos Aposentados (Sindnapi). As informações são do R7, parceiro nacional do Portal Correio.

Ambos são colocados, no documento, como suspeitos de envolvimento em um esquema que teria fraudado autorizações para descontos em benefícios do INSS, segundo a Operação Sem Desconto, da Polícia Federal.

Zucco, que é líder da oposição, defende que o caso exige ação direta do Ministério Público Federal e do STF. “O governo protege aliados, mesmo que isso custe a dignidade de milhões de idosos que só contam com a aposentadoria para sobreviver”, apontou.

Segundo o documento, os descontos foram autorizados com base em documentos irregulares ou inexistentes, e aplicados diretamente na folha de pagamento de aposentados e pensionistas.

As operações teriam sido viabilizadas por acordos de cooperação técnica (ACTs) firmados com entidades sindicais e associativas, sem controle efetivo por parte do INSS.

O relatório cita que, só em 2024, os descontos atingiram R$ 2,8 bilhões, com a Controladoria-Geral da União (CGU) estimando que mais de 90% desse valor possa ter origem ilícita.

As acusações

Segundo a representação, o então secretário-executivo do Ministério da Previdência, Wolney Queiroz, ignorou alertas sobre as fraudes desde março de 2023. Relatórios da CGU e do TCU apontam omissão na adoção de medidas preventivas, apesar de indícios robustos e denúncias públicas.

A apuração também relaciona Frei Chico ao Sindnapi, uma das entidades que teria recebido valores fraudulentos, mesmo sem comprovação de autorização dos beneficiários.

O documento pede à PGR o apensamento da nova representação à que já investiga o ex-ministro Carlos Lupi, além da abertura de procedimento criminal contra Wolney Queiroz e Frei Chico.

Também solicita o afastamento do ministro do cargo e a prisão preventiva de Frei Chico, sob alegação de risco à investigação, dada sua proximidade com o presidente da República.

A reportagem entrou em contato com Frei Chico através do WhatsApp do Sindnapi e com a assessoria do ministro Wolney Queiroz por meio de e-mail e aguarda resposta.

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