Lula admite ceder ministérios a partidos do centrão para trazer ‘tranquilidade ao governo’

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou nesta terça-feira (25) que vê como “normal” que partidos do centrão queiram participar do governo, já que o grupo tem votado a favor das pautas governistas no Congresso. Lula também admitiu que devem ocorrer mudanças na Esplanada dos Ministérios nas próximas semanas, mas criticou especulações e enfatizou que ele vai decidir quais cargos irá negociar. As informações são do R7, parceiro nacional do Portal Correio.

A declaração ocorreu no progama semanal Conversa com o Presidente, com transmissão pelas redes sociais. O petista fez uma retrospectiva sobre o surgimento do “centrão”, durante a Constituinte de 1988, mas disse que não conversa com uma “organização”, mas com partidos. 

Lula também disse que os acordos políticos são normais entre o Executivo e o Legislativo e que servem para “melhor aprimorar o funcionamento do Brasil”.

“É assim que a gente conversa e é normal que, se esses partidos que quiserem apoiar a gente, eles queiram participar do governo. Aí você tenta arrumar um lugar para colocar, para dar tranquilidade ao governo para as votações que nós precisamos para melhor aprimorar o funcionamento do Brasil. É exatamente isso que vai acontecer”, afirmou.

Em seguida, Lula disse que, apesar dos acordos, os partidos políticos não terão poder para escolher ministérios e que as indicações são prerrogativa do presidente da República. 

“Não é o partido que quer vir para o governo que escolhe o ministério. Quem escolhe, indica e oferece o ministério é o presidente da República. Vamos fazer isso nos próximos dias. Mas ainda não conversei com ninguém. Quando eu conversar, terei interesse que a imprensa saiba, não tem conversa sigilosa”, enfatizou. 

Nas últimas semanas, o governo federal oficializou a nomeação do deputado federal Celso Sabino (União-PA) para o comando do Ministério do Turismo. Além disso, há negociações com outros partidos do grupo alinhado ao presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL).

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