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Lula recebe Augusto Aras nesta quinta para discutir sucessão na PGR

Mandato do atual procurador-geral da República acaba em setembro; presidente terá que indicar um substituto
Lula
Luiz Inácio Lula da Silva (Foto: Ricardo Stuckert/ PR)

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tem uma reunião na tarde desta quinta-feira (17) com o procurador-geral da República, Augusto Aras. Os dois vão tratar do processo de sucessão na Procuradoria-Geral da República (PGR). Em setembro, termina o mandato de Aras à frente da PGR, e Lula vai ter de indicar um substituto. A informação é do R7, parceiro nacional do Portal Correio.

Aras foi nomeado para a PGR pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) em 2019 e reconduzido ao posto em 2021. O atual procurador-geral da República tenta renovar o mandato para o cargo mais uma vez, e Lula já declarou que não descarta a possibilidade de manter Aras no comando da PGR. De acordo com o presidente, todos os nomes cotados para o cargo serão ouvidos por ele antes de tomar uma decisão.

Lula afirmou que vai escolher “no momento certo” um procurador-geral da República que não faça “denúncias falsas”. “Vou escolher com mais critério, com mais pente-fino para não cometer um erro. Não quero escolher alguém que seja amigo do Lula. Eu quero escolher alguém que seja amigo deste país, alguém que goste deste país, alguém que não faça denúncia falsa”, disse durante live nas redes sociais, no início deste mês.

Possíveis opções

Além de Aras, um dos nomes que estão no páreo é o do subprocurador Antônio Carlos Bigonha, no MPF desde 1992. Ele tem sido recomendado por políticos do PT, sobretudo por ser um crítico da Operação Lava Jato.

Neste ano, ele escreveu um artigo em que reclamava que o Ministério Público Federal virou uma “polícia com poderes superlativos” e realizou “operações persecutórias” nos últimos anos. No mesmo texto, Bigonha comentou a “prisão arbitrária” de Lula, a quem chamou de “um dos maiores líderes populares de todos os tempos”.

O subprocurador Carlos Frederico Santos também é cogitado para a PGR. Ele foi escolhido por Aras para cuidar dos processos relacionados aos atos de vandalismo de 8 de janeiro e apresentou ao Supremo Tribunal Federal denúncias contra quase 1.400 pessoas. Assim como Bigonha, Santos já reclamou da Lava Jato, afirmando que a operação não fez um trabalho eficaz.

Um quarto candidato é o subprocurador Paulo Gustavo Gonet Branco, hoje vice-procurador-geral eleitoral. Ele foi responsável por elaborar o parecer do Ministério Público Eleitoral que admite que o Tribunal Superior Eleitoral declare a inelegibilidade de Bolsonaro pela conduta do ex-presidente no encontro com embaixadores no Palácio da Alvorada, em julho do ano passado, quando levantou suspeitas sobre as urnas eletrônicas, sem apresentar provas, e atacou o sistema eleitoral brasileiro.

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