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Um dia depois de interrogatório na PF, hacker da ‘Vaza Jato’ depõe na CPMI do 8 de janeiro

Depoimento de Walter Delgatti à comissão que investiga o 8 de Janeiro ocorre nesta quinta; ele poderá permanecer em silêncio
Vaza Jato
Foto: Reprodução/Record TV

A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) ouve, nesta quinta-feira (17), a partir das 9h, o hacker Walter Delgatti Neto, conhecido por ter dado origem à operação “Vaza Jato”. O ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal, autorizou, na noite dessa quarta (16), que ele fique em silêncio diante de perguntas que possam incriminá-lo. O pedido foi feito pela defesa horas antes. A informação é do R7, parceiro nacional de Portal Correio.

“O direito ao silêncio confere a pessoa, independente se investigado ou testemunha, que comparece perante qualquer dos Poderes Públicos a prerrogativa de não responder a perguntas cujas respostas, em seu entender, possam lhe incriminar”, afirmou Fachin.

O depoimento dele à CPMI ocorreria na semana passada, mas foi adiado. Preso desde o início do mês, ele prestou esclarecimentos à Polícia Federal nessa quarta (16). Ele foi detido por suspeita de invasão ao sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). O hacker depôs à PF sobre a suposta tentativa de inserir um mandado de prisão falso contra o ministro Alexandre de Moraes, do STF.

Havia a especulação de que Delgatti teria firmado acordo de delação premiada com a PF, mas a informação não foi confirmada.

A ação contra o CNJ também inseriu, de forma ilegal, 11 alvarás de soltura de pessoas presas. Delgatti chegou a afirmar que a invasão ao conselho tinha por objetivo demonstrar a vulnerabilidade do sistema judicial do país. Ele pretendia, ainda, desmoralizar publicamente as urnas eletrônicas de votação e questionar o resultado eleitoral.

A convocação do hacker à CPMI foi um pedido da ala governista e foi aprovado um dia depois de sua prisão. A base do governo alega que Delgatti tem “envolvimento na promoção dos atos criminosos contra a democracia e as instituições públicas brasileiras”. Por se tratar de uma convocação, Delgatti é obrigado a comparecer à comissão.

O requerimento que chamou o hacker à CPMI defende que Delgatti explique, ainda, a afirmação feita à PF de que, no ano passado, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) perguntou se ele conseguiria invadir as urnas eletrônicas caso tivesse o código-fonte delas.

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