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Mauro Vieira pede empenho de chanceler egípcio para retirada de brasileiros da Faixa de Gaza

Ministro das Relações Exteriores pediu liberação rápida para que os 34 brasileiros que estão no enclave palestino entrem no Egito
Vieira conversou por telefone com chanceler egípcio (Foto: Gustavo Magalhães/ MRE)

O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, falou por telefone com o chanceler do Egito, Sameh Shoukry, nesta quinta-feira (2). De acordo com a apuração da Record TV, o chefe da diplomacia brasileira pediu empenho do lado egípcio para a inclusão, o mais rápido possível, dos 34 brasileiros e familiares que estão na Faixa de Gaza entre os próximos a ser liberados a atravessar a fronteira pela passagem de Rafah. As informações são do R7, parceiro nacional do Portal Correio.

Segundo uma fonte no Itamaraty, o representante do governo do Egito teria se comprometido a ver a questão logo pela manhã desta sexta (3).

Pelas redes sociais, o Itamaraty afirmou que Mauro Vieira “reiterou gestões pela liberação da passagem de Rafah para os brasileiros retidos em Gaza, para que possam entrar em território egípcio e ser imediatamente repatriados”.

Ainda de acordo com o Itamaraty, os 34 brasileiros e familiares próximos continuam abrigados perto da fronteira com o Egito, em Khan Younes e Rafah. Por meio do Escritório de Representação em Ramallah, na Cisjordânia, o Brasil alugou uma casa para mantê-los seguros na Faixa de Gaza, com itens básicos e atendimento de telemedicina.

Fronteira aberta

A passagem de Rafah, na fronteira entre o Egito e a Faixa de Gaza, foi aberta pela primeira vez para a saída de estrangeiros na quarta-feira (1º). O grupo de 450 pessoas autorizado a deixar a zona de guerra tem oito nacionalidades.

Segundo o embaixador do Brasil na Palestina, Alessandro Candeas, foram liberados para entrar no território egípcio cidadãos de Austrália, Áustria, Bulgária, Finlândia, Indonésia, Jordânia, Japão e República Tcheca.

Há também 90 palestinos que estariam feridos e profissionais da Cruz Vermelha e de ONGs que atuam na região. Os brasileiros não foram incluídos nessa primeira lista. Israel permitiu apenas a entrada de caminhões carregados com água, comida e medicamentos até o momento. Existe temor de que a liberação da passagem de pessoas permita a entrada de terroristas do Hamas no Egito.

Um grupo de 33 brasileiros foi resgatado na manhã desta quarta-feira (01), na Cisjordânia (Foto: Divulgação / Representação do Brasil em Ramala)

Brasileiros resgatados

Um grupo de brasileiros resgatados na Cisjordânia chegou à Base Aérea de Brasília às 8h35 desta quinta-feira (2). Os 32 brasileiros viajaram em um avião da Força Aérea Brasileira (FAB), que fez uma parada no Recife, onde desembarcaram seis repatriados, e de lá seguiu até a capital com os 26 restantes. Dos repatriados, 12 são homens, nove são mulheres e 11 são crianças.

Para voltarem ao Brasil, os repatriados foram levados de 11 cidades da Cisjordânia até Jericó, de onde cruzaram a fronteira com a Jordânia e seguiram até Amã, capital jordaniana. De lá, eles embarcaram no voo da FAB.

A aeronave usada na operação é do modelo VC-2 e tem capacidade para transportar 38 pessoas. Esse é o mesmo avião enviado pelo governo brasileiro para entregar alimentos no programa de ajuda humanitária do governo.

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