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MDF ou MDP? Conheça as suas diferenças e indicações

Especialista do Unipê explica como os materiais são produzidos

Ao construir uma casa ou um negócio há sempre uma busca por materiais: são desde tintas para revestir as paredes até os móveis e painéis para os cômodos. E pensando na fabricação dos móveis, a escolha de um bom material também se torna imprescindível. Dentre as possibilidades, a madeira e os seus derivados ainda têm sido as matérias-primas mais requisitadas graças à sua versatilidade e as diversas tecnologias disponíveis no mercado, que vão desde as preocupações ambientais, preço, funcionalidade e indicação de usos.

Entre os tipos mais comercializados, estão as placas industriais, que por meio do seu processo produtivo visam, entre outras, a diminuição dos impactos ambientais causados pelo uso indiscriminado da madeira. As mais famosas são as chapas de MDF e MDP, e aqui você conhecerá um pouco suas indicações e diferenças.

Inicialmente é importante ressaltar que essas duas placas têm suas potencialidades e fragilidades. E a principal diferença entre ambas está no seu processo de fabricação e finalização. O MDF (Medium Density Fiberboard) são chapas com dimensões pré-definidas compostas pela união de fibras de madeira de reflorestamento de média densidade com aspecto mais uniforme e menos porosidade. Já o MDP (Medium Density Particleboard) é um painel de madeira de reflorestamento formado por partículas de madeira de tamanhos variados, o que confere uma menor homogeneidade.

MDF

Segundo a Profa. Ma. Maiara Belo, de Design de Interiores do Unipê, a composição das chapas de MDF é feita com resinas e substâncias aglutinantes que possibilitam a união das fibras, o que dá a característica ao material. O processo de composição se diferencia nos dois tipos de chapas, passando o MDF por etapas mais específicas, que se torna, que se torna uma das justificativas para seu valor final ser maior.

“As fibras utilizadas no processo de fabricação das chapas são extraídas de árvores de reflorestamento, o que tem um menor impacto ambiente, além de serem de espécies que têm um tempo de crescimento menor. As principais espécies usadas são a madeira de Pinus e Eucaliptos. Após o processo de composição o resultado final são chapas de textura lisa e tonalidade amadeirada clara, que depois são pigmentadas com texturas e cores diversas”, ilustra.

Por suas características mecânicas, é classificado como um bom material para cortes, entalhes, furações, usinagens, aplicação de tintas e selantes. “Suas chapas podem ser vendidas na sua condição natural ou já com a impressão do revestimento nas duas faces, que podem ser na cor branca ou em diversos tons e texturas: desde a imitação da madeira natural, tramas, malhas, acabamentos brilhosos, lisos ou porosos e ainda servir de substrato para aplicação de pinturas ou vernizes”, elenca.

MDP

Devido ao seu processo produtivo, onde as partículas de madeira têm dimensões irregulares, unidas por compactação e prensadas com resinas e materiais aglutinantes no calor, de maneira não uniforme, é importante se atentar ao uso do MDF em algumas situações. “Devido a sua heterogeneidade é interessante evitar grandes usinagens, como rasgos, recorte e muitas furações, além de evitar utilizar em áreas de muito impacto mecânico.”

Indicações de usos

Segundo Maiara, o MDF pode ser usado desde a aplicação com o painel ou na composição de mobiliários, como mesas, roupeiros e estantes. É possível também fazer painéis divisórias, embalagens, artesanatos e afins. Mas atente-se para questões técnicas, como “o empenamento ou molhamento, visto que as chapas têm um alto índice de dilatação em relação ao contato com líquidos, além da modificação da forma quando utilizada sem a estruturação correta.”

Já quanto ao MDP, seu uso é muito parecido com o do MDF, sendo indicado para fazer mobiliários diversos. E entre os seus pontos positivos está o menor índice de empenamentos, que ocorre devido a menor densidade da sua composição, pontua Maiara.

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