Atchim! Um espirro pode ser algo bem comum, mas em época de meses chuvosos é preciso estar atento(a) aos sinais devido à presença das tão famosas viroses. Apesar do termo ser conhecido, ainda há dúvidas sobre o que, de fato, é a doença. Ao Portal Correio, o médico infectologista do Sistema de Saúde Hapvida de João Pessoa, Fernando Chagas, esclareceu alguns pontos sobre as viroses. Assista a entrevista acima.
Segundo o infectologista, as viroses nada mais são do que doenças causadas por vírus e esses, por sua vez, manifestam sinais e sintomas. O especialista explica também que os meses chuvosos, como março, abril, maio e junho, proporcionam maior aglomeração de pessoas em espaços fechados e quanto mais gente em um determinado local, maior a probabilidade de transmissão de vírus, que tanto pode ocorrer por vias respiratórias quanto pelo toque.
Entre as principais viroses estão as que costumam provocar dores de cabeça, febre entre 38.5 e 39 graus, dores no corpo, articulações e, em alguns casos, também causam manchas na pele. Já os vírus respiratórios causam coriza, tosse secreção e, às vezes, garganta inflamada. “Dependendo do vírus a cura ocorre com o tempo e medidas são tomadas apenas para amenizar o sofrimento. Por exemplo, está com dor de cabeça, toma remédio; está com coriza, lava a narina”, esclarece o especialista.
O infectologista Fernando Chagas explica que é possível prevenir a virose de formas simples. “É importante em época de chuvas evitar lugares aglomerados, sempre lavar bem as mãos, buscar não colocar as mãos nos olhos e bocas quando estiver andando pelas ruas. Outra forma para prevenir as viroses é o cuidado ao manusear o menu dos restaurantes, já que é algo que transita pela mão de muitas pessoas”, diz.
O especialista lembra também sobre a importância da higienização dos aparelhos celulares como mais uma forma de se evitar as viroses. “É sempre bom lavar a capinha do celular com água e sabão pelo menos uma vez na semana, e também passar um pouco de álcool 70% na tela. São medidas simples, mas que provocam um grande impacto positivo quando essas atitudes são colocadas em prática”.
O especialista ressalta ainda que os grupos de pessoas mais acometidas pelas viroses são as crianças e os idosos. Já os jovens costumam ser mais acometidos pelos vírus que atacam as vias respiratórias.
O médico aproveita para lembrar que virose é um universo. “Existem vírus mais perigosos e que não há cura, como os vírus transmitidos sexualmente, a exemplo do HIV e Hepatite B. Os vírus que tratamos também podem possuir um quadro clínico mais grave, como meningites virais, nesse caso, há o tratamento. Porém, é preciso estar atento aos sintomas que surgem e, assim, poder passar por uma avaliação especializada”, conclui.