Mais de 600 vítimas de queimadura foram registradas desde janeiro deste ano até julho. O número foi registrado somente no Hospital de Emergência e Trauma Senador Humberto Lucena, unidade da rede estadual, em João Pessoa.
Dentre as 641 vítimas, as maiores causas foram liquido quente, com 322 casos, contato com o objeto em alta temperatura, com 93, fogo (60), fogos de artifício (22), produto químico (28), eletricidade (um), insolação (seis), caravelas (dois), entre outros.
Entre as queimaduras causadas por líquido quente, 50% dos casos aconteceram devido ao contato com álcool, segundo o diretor-geral Laecio Bragante. Em pouco mais de um mês, dois acidentes domésticos envolvendo álcool aconteceram no interior do estado.
O primeiro foi em Campina Grande, no final de julho, uma mulher tentou acender o fogão com álcool, já que o gás de cozinha tinha acabado. Além dela, a filha, de 15 anos, também teve o corpo queimado.
Como estava grávida de sete meses, a mulher teve que passar por um parto de emergência. Mãe e bebê não resistiram.
O segundo acidente foi na última terça-feira (29), outra mulher grávida, de 33 anos, também tentava acender o fogão com álcool, quando houve a explosão. Ela foi transferida para o Hospital de Trauma em João Pessoa e segue internada em estado grave.
Tanto o álcool líquido como o em gel 70% são produtos inflamáveis e requerem cuidado na hora de manusear. O uso correto e seguro evita acidentes.
No caso de qualquer queimadura, independente do grau que atingir, é importante procurar a Unidade de Saúde mais perto e seguir um tratamento adequado.