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Método de inteligência artificial criado na UFPB facilita detecção de cárie

Protótipo odontológico já se iguala a instrumentos comercializados no mercado mundial
(Foto: Arquivo Pessoal)

Davi Clementino Carneiro, dentista e mestre em Ciências Odontológicas pela Universidade Federal da Paraíba (UFPB), criou um método de detecção de cárie dentária por fotoluminescência. A técnica usa processamento digital de imagem com inteligência artificial. Realizado com o apoio de bolsa do Programa Demanda Social (DS) da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), o protótipo já se iguala a instrumentos comercializados no mercado mundial.

“Esse estudo específico começou pela observação dos instrumentos já existentes que auxiliam no diagnóstico de cárie, mas que ainda apresentam barreiras e dificuldades que impedem sua implantação para o cirurgião-dentista, sejam elas econômicas, geográficas ou de orientações de uso. A principal atividade relacionada ao profissional de odontologia diz respeito ao tratamento e prevenção da cárie dentária, então, é indispensável que avanços e aprimoramentos sejam feitos para o melhor diagnóstico à essa doença”, explicou Davi.

Davi Carneiro, criador do método que faz detecção de cárie por fotoluminescência (Foto: Arquivo Pessoal)

Ele afirmou que o uso do aprendizado de máquinas se mostrou positivo em resultados para detecção de lesões desmineralizadas encontradas nas superfícies dos elementos dentários. “A capacidade atual do protótipo já se iguala a instrumentos validados e comercializados globalmente para detecção de cárie, utilizando frações dos componentes necessários por estes”, disse.

O método ainda será aperfeiçoado, garante Davi. “O dispositivo passa por atualizações internas e aprimoramentos em seus módulos, para que possa não apenas realizar detecção de desmineralizações dentárias, mas quaisquer tipos de lesões intraorais”.

Melhora no diagnóstico

Davi explicou como o método de detecção pode ajudar em diagnósticos mais precisos. “Infelizmente é comum que tecido dentário sadio seja retirado em decorrência de diagnósticos incorretos ou não documentados corretamente. Nosso foco é possibilitar melhores visualizações de estruturas e regiões passíveis de promover morbidade – ou já ativas – e responsáveis por sua presença”.

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