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Morte de mulher em tiroteio expõe pânico de moradores

“O medo tomou conta. Faz muitos anos que moro aqui e nunca vi uma barbaridade dessa como vi ontem. Eu conhecia ela (Ana Glória) desde pequena. Estamos muito chocados”. O relato é de uma vizinha de Ana Gloria de Sousa Oliveira, 30 anos, morta após ser vítima de bala perdida em um crime que aconteceu na noite dessa quinta-feira (15) no bairro do Costa e Silva, Zona Sul de João Pessoa.

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Em entrevista à repórter Jaceline Marques, da TV Correio, vizinhos e amigos de Ana Glória relataram que o clima nas ruas próximas onde o crime aconteceu é de medo e insegurança.

“Ela pensou que a menina dela havia ficado, mas ela havia saído com outra vizinha. Ela viu que o menino tinha ficado e foi quando ela voltou e foi atingida. Ela sentou e disse à vizinha que havia sido ferida. Ainda tentou puxar fôlego, mas ela caiu”, contou uma amiga da vítima.

Também em entrevista, o comandante do 5º Batalhão de Polícia Militar, responsável pelo policiamento na região, Coronel Valério, confirmou que Ana Glória não era o alvo dos atiradores e que ela acabou sendo vítima de um crime bárbaro.

“A vítima masculina realmente era o alvo e a senhora não tinha nada haver com a história. Ela escutou os tiros e foi socorrer o filho dela, mas acabou sendo vítima de um crime bárbaro”, disse o comandante.

O corpo de Ana Glória foi velado em João Pessoa e seguiu para o município de Mulungu, Agreste paraibano, a 90 quilômetros da Capital, onde deve ser sepultado nesta tarde.

O crime

Segundo apuração da TV Correio, bandidos armados estacionaram um carro em uma praça e desceram para executar um homem identificado como Willames Joaquim da Silva, de 40 anos. Ao ouvir os disparos, Ana Glória correu para proteger um dos filhos, que estava na frente de casa, área muito próxima ao tiroteio. Ela foi atingida por uma bala perdida e caiu na calçada. Tanto Ana Glória, quanto Willames morreram na hora.

Revolta

Indignada, uma irmã de Ana Gloria de Sousa reclamou da insegurança com a qual a sociedade é obrigada a lidar dia a dia. “Minha irmã é uma cidadã de bem. Foi vítima da violência que o Brasil está vivendo. Tem que acabar com isso, gente. Família de bem não aguenta mais viver isso, é muito triste”, desabafou.

Susto

Uma casa perto da praça onde aconteceu o tiroteio também foi atingida. Uma bala ultrapassou o portão e a vidraça da porta da sala. Uma moradora estava ao lado do lugar por onde o bala passou e por muito pouco não acabou ferida. “Passou do meu lado”, disse, à TV Correio, bastante abalada.

Investigação

A Polícia Civil vai apurar a autoria e motivação do crime. Até a manhã desta sexta (16), nenhum suspeito tinha sido preso.

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