O presidente da República em exercício, Hamilton Mourão, disse que o apoio da Rússia ao governo do presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, não atrapalha a relação do Brasil com o país no Brics, bloco econômico formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul. “Dissenções sobre determinados problemas sempre haverá dentro do grupo. Não há homogeneidade nas decisões”, disse, ao sair do seu gabinete, ao final do expediente.
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Em diversas cidades do país, ocorrem atos contra e a favor do presidente Nicolás Maduro. Guaidó, que é o presidente da Assembleia Nacional, se declarou presidente interino da Venezuela. Nessa quarta-feira (23), o Brasil reconheceu o oposicionista de Maduro, Juan Guaidó, como legítimo presidente venezuelano.
Para Mourão, Maduro deveria sair do país para que a democracia pudesse ser restabelecida. “Já falei várias vezes. Arrumar uma solução para o Maduro ir embora. Embarca lá com o ‘bandão’ dele para algum país que o receba, pronto. Segue o baile e a Venezuela volta a tentar se reorganizar democraticamente”.
Mourão deixou a presidência interina na noite dessa quinta, pois Jair Bolsonaro chega na madrugada dessa sexta-feira de Davos, onde participou do Fórum Econômico Mundial. Na segunda-feira (28), o presidente será submetido a uma nova cirurgia . Oficialmente, Mourão voltará a assumir a presidência enquanto o colega estiver desacordado, sendo operado. Com bom humor, ele minimizou a nova interinidade.
“Se cair uma bomba atômica aqui, a gente assume. Mas não vai acontecer nada”. A única certeza é que Mourão presidirá a reunião do Conselho de Governo, na próxima terça-feira (29), uma vez que Bolsonaro estará internado, se recuperando da cirurgia.