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MPPB disponibiliza e-mail para denúncias contra João de Deus

O Ministério Público da Paraíba aderiu à força-tarefa deflagrada pelo MP de Goiás que investiga denúncias de crimes sexuais contra o médium João de Deus e disponibilizou um e-mail para que possíveis vítimas na Paraíba possam relatar casos. O endereço eletrônico para denúncias é [email protected]. As possíveis vítimas também podem procurar a Promotoria mais próxima de sua residência, que encaminhará ao CAOCrim.

O promotor de Justiça coordenador do CAOCrim do MPPB, Lúcio Mendes, disse que, até o momento, nenhum caso de possível vítima na Paraíba chegou a seu conhecimento.

“Os CAO Criminais estão com a função de encaminhar dados de eventuais vítimas nos Estados para a força-tarefa que está atuando em Goiás ou eventualmente, em apoio a essa força-tarefa, como complemento, colher os depoimentos e encaminhar para que o grupo responsável pela investigação avalie”, explicou.

Mais de 300 denúncias

Até a noite dessa quinta-feira (13), o Ministério Público de Goiás havia realizado 330 atendimentos a mulheres que se apresentaram como vítimas de João de Deus. Duas delas são do exterior (Estados Unidos e Suíça). A maioria fez contato por meio do canal criado exclusivamente para essa finalidade, o e-mail [email protected]. Elas se identificaram como sendo de Goiás, Distrito Federal, Minas Gerais, São Paulo, Paraná, Rio de Janeiro, Pernambuco, Espírito Santo, Rio Grande do Sul, Mato Grosso do Sul, Pará e Santa Catarina.

Risco de prisão

Mesmo com o pedido de prisão preventiva feito pelo MP na quarta-feira (12), o médium João de Deus quer continuar seus trabalhos espirituais na Casa Dom Inácio de Loyola, em Abadiânia, Goiás. O advogado Alberto Toron, que defende o médium, apresentou petição nesse sentido na tarde dessa quinta (13), não em Abadiânia, mas em uma cidadezinha vizinha, chamada Alexânia. O juiz titular de Alexânia, Fernando Augusto Chacha de Resende, é também, segundo o site oficial do Tribunal de Justiça de Goiás,  juiz substituto em Abadiânia. De acordo com o mesmo documento, a titular em Abadiânia é uma juíza.

O advogado defende que o médium mantenha sua rotina de atividades sob supervisão policial e de câmeras. Toron afirmou que, assim, João de Deus, que se diz inocente, continuará fazendo o bem às pessoas e à cidade, cuja atividade econômica é garantida pela movimentação de milhares de visitantes, do Brasil e do exterior,  à Casa Dom Inácio de Loyola.

Ele não obteve, porém, resposta imediata sobre a petição. Toron disse que aproveitou a ida ao fórum para se apresentar ao magistrado. Ele acrescentou que ainda não teve tido acesso ao pedido de prisão preventiva.

‘Cura espiritual’

João de Deus se instalou em Abadiânia há 42 anos e mantém a Casa Dom Inácio de Loyola, centro de atendimento espiritual onde o médium costuma atender a pessoas doentes. No local, segundo as denúncias, ele teria abusado sexualmente de mulheres durante atendimentos individuais.

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