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Natal é oportunidade de ‘apadrinhar’ crianças

“As crianças começam a absorver um pouco do amor que a gente tem para dar. Elas veem que é um amor sem fins nenhum por trás, a não ser amor por amor. Você vê isso dar frutos. É a maior recompensa que existe”. O depoimento é de Alexandre Wagner que, com sua esposa, Célia Regina, resolveu apadrinhar dois irmãos, de 8 e 9 anos, que se encontram em uma Casa de Acolhimento, em João Pessoa.

A ação é viabilizada por meio do Projeto ‘Meu Padrinho Legal’, desenvolvido pela 1ª Vara da Infância e Juventude da Capital, composto pelo Núcleo de Apadrinhamento Sorriso Infantojuvenil (Napsi), inaugurado em maio de 2017, tendo três modalidades de apadrinhar uma criança em situação de vulnerabilidade: financeiro, social e afetivo.

O que poucos sabem é que as crianças podem ser apadrinhadas e levadas para passar o Natal na casa de voluntários, assim como em qualquer data comemorativa, sem permanência duradoura. Segundo o juiz Adhailton Lacet, titular da vara e idealizador do núcleo, ainda há tempo de tentar se voluntariar.

“O apadrinhamento é indicado para pessoas que não querem ou não podem adotar as crianças e adolescentes e há formas diferentes de apadrinhar. O financeiro é caracterizado por uma contribuição financeira à criança institucionalizada, de acordo com suas necessidades. Já o afetivo tem o objetivo de promover vínculos afetivos seguros e duradouros entre eles e pessoas da comunidade que se dispõem a ser padrinhos e madrinhas”, explicou ao Portal Correio.

Adoção x apadrinhamento

A adoção é a colocação da criança ou adolescente, sempre tendo em vista o melhor interesse deles, em uma família substituta. A adoção atribui a condição de filho para todos os efeitos, desligando-o de qualquer vínculo com pais biológicos. Pode haver alteração do nome, se houver desejo do adotante ou adotado, sendo criança ou adolescente.

Já o apadrinhamento tem o objetivo de promover vínculos afetivos seguros entre eles e pessoas que se dispõem a ser padrinhos e madrinhas. As crianças aptas a serem apadrinhadas têm, quase sempre, mais de oito anos.

“Desde 2017 começamos a cadastrar os pretendentes, que passaram pela avaliação da equipe multidisciplinar da 1ª Vara. O núcleo é o setor responsável por reunir a documentação necessária, indicar os tipos de apadrinhamento, realizar o acompanhamento, entre outras ações”, disse o juiz Adhailton Lacet.

Como se tornar um padrinho

Atualmente, João Pessoa dispõe de nove Casas de Acolhida. Até o momento, as casas contam com cerca de 20 crianças e adolescentes apadrinhados.

Para se tornar um padrinho ou madrinha, os interessados devem procurar o Núcleo de Apadrinhamento Sorriso Infantojuvenil (Napsi), no Setor de Acolhimento do Fórum da Infância e Juventude da Capital.

A unidade está situada na Avenida Rio Grande do Sul, nº 956, Bairro dos Estados, em João Pessoa. O Napsi funciona das 12h às 19h, de segunda a quinta-feira e das 7h às 14h na sexta-feira.

Apadrinhamento financeiro, social e afetivo

Financeiro – Oferecer um suporte financeiro para a criança ou adolescente, doando ou arcando com os custos de roupas, materiais escolares, brinquedos, cursos.

Social – Prestar um serviço para a criança ou grupo de crianças e adolescentes, seja com aulas, reforço escolar, atendimento médico, esporte, arte, entre outros, de acordo com o conhecimento.

Afetivo – Objetiva estabelecer um maior contato com a criança ou adolescente, focando na convivência.

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