A oposição pediu a convocação do diretor presidente da Cagepa, Helio Cunha Lima, para fazer, em audiência pública, um balanço financeiro da empresa. O requerimento foi apresentado pelo deputado Raniery Paulino (PMDB), que quer saber como foram empregados recursos do empréstimo feito na legislatura passada. A bancada oposicionista quer debater ainda um eventual processo de privatização.
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O BNDES foi autorizado a fazer um estudo sobre a viabilidade financeira da Cagepa. O governo federal promete autorizar empréstimo aos estados, desde que eles cumpram alguns compromissos, como vender estatais de água e esgoto. A Cagepa estaria na lista do governo federal. O secretário de Recursos Hídricos do Estado, João Azevedo, nega a privatização, mas admite PPPs (Parcerias Público Privada) em algumas localidades.
Raniery lamentou que até agora a Cagepa enviou relatório sobre quitação de pendências financeiras com empréstimo autorizado pela Assembleia Legislativa no valor de R$ 175 milhões. Na época, o diretor presidente da Companhia de Água e Esgoto da Paraíba, Deusdeth Queiroga, justificou que seria para o cobrir outro empréstimo, já que a empresa ficaria pagando parcelas mais baixas e juros menores. A Cagepa teria um déficit de R$ 5 milhões por mês.
O deputado lembrou, da tribuna, que nos últimos seis anos houve 79,6% de reajuste, equivalente a 60% a mais do que a taxa de inflação no período. A Cagepa teve tratamento de generosidade por parte da ALPB. “Os empréstimos foram aprovados, as tarifas foram majoradas e não pode ser um negócio ruim. Sou contra a privatização. Sou a favor da venda, por exemplo, dos hotéis em poder do Estado, como o Brejo das Freiras. Não faz sentido o Estado bancar hotéis”, afirmou.
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