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Os vergonhosos e absurdos casos de violência contra mulher na PB

Até outubro deste ano, foram registrados 3.794 inquéritos policiais instaurados referentes a crimes de violência contra mulheres na Paraíba. Em 2018, foram 4.091 inquéritos instaurados. Já o número de medidas protetivas, que são formas de coibir a violência e proteger a vítima asseguradas pela Lei Maria da Penha, chegaram a 4.031. Os dados são da Coordenação das Delegacias Especializadas de Atendimento à Mulher.

Confira alguns dos principais crimes de violência contra as mulheres que tiveram destaque este ano, no Portal Correio:

Uma mulher foi morta a facadas pelo companheiro na cidade de Itapororoca, a 69 km de João Pessoa, ao voltar da igreja. Segundo a Polícia Militar, o crime, que ocorreu no dia 23 de janeiro, teria sido motivado por uma crise de ciúmes do suspeito. 

 

 

  • Suspeito de matar mulher com 50 facadas põe a culpa nela pelo crime
    Mulher

    Suspeito era procurado pela polícia (Foto: Reprodução/TV Correio/Arquivo pessoal)

    O homem preso suspeito de matar a companheira com 50 facadas colocou a culpa nela pelo crime. As informações foram divulgadas pela Secretaria de Segurança da Paraíba, com base no depoimento dele à polícia. Luciana Buriti Ferro tinha 23 anos quando foi brutalmente assassinada em 30 de janeiro deste ano, no Bairro das Cidades, em Campina Grande.

Um homem de 54 anos foi preso no dia 4 de março suspeito de espancar e matar por causa de ciúmes a namorada, uma mulher de 40 anos. O homicídio aconteceu no sábado (2) e o corpo da vítima foi encontrado no domingo (3), em um matagal do município de Areia, Agreste paraibano, a 135 quilômetros de João Pessoa.

A Polícia Civil determinou a abertura de um inquérito para tentar descobrir o que teria motivado o assassinato da secretária de Educação da cidade de Boa Vista, Dayse Alves, ocorrido no dia 15 de abril, em um motel localizado às margens da BR-104, em Campina Grande.

O pai e a mãe da bebê de nove meses que morreu em Soledade foram presos no dia 30 de maio, pela Polícia Militar. As informações foram confirmadas pelo delegado da Polícia Civil, Durval Barros, que está à frente do caso na cidade. Os médicos identificaram ferimentos nas partes íntimas da criança e acionaram a polícia após suspeitarem de que ela havia sido estuprada.

O casal preso suspeito de ser responsável pela morte da filha, de nove meses, foi transferido para unidades penitenciárias de João Pessoa. Exames periciais confirmaram que o bebê sofreu violência sexual. Eles foram presos em Soledade, Agreste paraibano, a 165 km de João Pessoa, e negam o crime.

Um homem de 38 anos foi preso no dia 10 de outubro suspeito de ameaçar e espancar a esposa, uma mulher de 28 anos, no bairro de Mangabeira, na Zona Sul de João Pessoa (PB). As imagens das agressões são fortes e foram registradas pela vítima em um celular.

Uma jovem de 21 anos foi estuprada por cinco homens na madrugada do dia 13 de outubro em Santa Rita, Região Metropolitana de João Pessoa. O companheiro dela foi espancado pelos suspeitos. O casal foi socorrido para o Hospital de Emergência e Trauma da Capital. À noite, após receber alta, a jovem prestou depoimento à Polícia Civil e em seguida foi encaminhada para realizar exames e receber medicamentos contra doenças sexualmente transmissíveis e anticoncepção de emergência no Instituto Cândida Vargas.

Uma adolescente de 16 anos foi morta a facadas, no dia 14 de outubro, pelo namorado, de 21 anos. O caso ocorreu por volta das 15h, na cidade de Teixeira, Sertão paraibano. Até a publicação desta matéria, o suspeito não havia sido preso.

O jovem suspeito de matar a namorada de 16 anos porque ela não teria servido comida para ele foi achado morto no  dia 15 de outubro em um sítio, na Zona Rural de Teixeira, no Sertão da Paraíba. A Polícia Civil local confirmou a informação ao Portal Correio e adiantou apenas que ele pode ter cometido suicídio, sem dar mais detalhes.

Um homem de 49 anos suspeito de estuprar enteadas foi preso no dia 13 de novembro por policiais civis. Segundo relato das vítimas, os crimes ocorreram em 2014. Na época, as irmãs, que são gêmeas, tinham 14 anos de idade. Ele foi localizado no bairro de Mangabeira, em João Pessoa. O homem estava a bordo de uma moto, nas imediações do Complexo Hospitalar Tarcísio Burity (Trauminha), quando foi interceptado por equipes das Delegacias de Atendimento à Mulher. 

Programa Mulher Protegida

Este ano, a Paraíba recebeu o selo de Práticas Inovadoras 2019 do Fórum Brasileiro de Segurança Pública através do Programa Mulher Protegida que faz parte do Programa Paraíba pela Paz, executado pelo Governo do Estado, por meio da Secretaria da Segurança e da Defesa Social (Sesds). 

De acordo com a coordenadora das Delegacias da Mulher na Paraíba, delegada Maísa Félix, o Mulher Protegida engloba iniciativas em rede entre as instituições de Segurança Pública, outras secretarias estaduais, e ainda Judiciário, Ministério Público, Defensoria Pública e sociedade civil, e envolve o dispositivo SOS Mulher, ações educativas e outras práticas voltadas para a proteção da mulher, como a Patrulha Maria da Penha, recém-criada, iniciativa da Secretaria da Mulher e da Diversidade Humana, que se desenvolve em parceria com a Sesds e as Polícias Militar e Civil.

Na véspera de Natal, foi publicada a lei que institui na Paraíba a Política de Sistema Integrado de Informações de Violência contra Mulher – Observa Mulher Paraíba. A política tem por finalidade ordenar e analisar dados sobre atos de violência praticados contra mulher no estado, bem como promover a integração entre os órgãos que atendam a mulher vítima de violência.

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