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Pacientes têm problemas para marcar mamografia em JP

Pacientes de João Pessoa estão enfrentando dificuldades para marcar exames de mamografias e rastreamento (para detecção precoce do câncer de mama). Para tentar resolver isso, o Ministério Público da Paraíba (MPPB) e o Federal (MPF) fizeram uma reunião nesta sexta-feira (26), com gestores de saúde da Capital.

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O objetivo foi encontrar uma forma de sanar essas dificuldades e foi ajustado que os setores competentes das secretarias municipal e estadual de Saúde estudarão em conjunto, no prazo de 30 dias, a implementação de um fluxo de busca ativa por mulheres que devam se submeter ao exame e inclusive ao tratamento, para superar eventuais entraves a esse atendimento.

Origem dos problemas

A partir dos debates, verificou-se que diversos fatores podem estar interferindo no acesso aos exames, como por exemplo a falta de solicitação de mamografias pelos profissionais, dificuldades para marcação dos exames na rede pública, limitação da faixa de idade a partir dos 50 anos, falta de registro no Sistema de Informação do Câncer (SISCAN) de mamografias realizadas e ausência dos dados da rede privada, que também deveriam compor a estatística do estado para atendimento da metas.

Proposta de solução

Foram estabelecidos como encaminhamentos a consolidação da rotina de realização de exames por demanda espontânea nos hospitais Napoleão Laureano e São Vicente de Paula, além do Centro Especializado de Diagnóstico do Câncer do Estado da Paraíba (CEDC) e Hospital Universitário Lauro Wanderley, para os pacientes do município de João Pessoa.

Isso significa, segundo explica o procurador José Guilherme, que a paciente com requisição médica poderá ir a quaisquer desses lugares sem necessidade de etapa burocrática prévia perante o setor municipal de regulação.

“Tal sistemática já estava sendo implementada no Napoleão Laureano e São Vicente, sendo que a pedido do MPF foi estendida ao CEDC e HU, uma vez que se trata de serviços públicos bem estruturados e capacitados, os quais inclusive merecem prioridade no direcionamento de serviços do SUS”, declarou o procurador José Guilherme Ferraz da Costa.

Os membros do MP destacaram que as medidas para facilitar o acesso a exames de mamografia devem ser permanentes e não apenas serem implementadas durante o mês simbólico do Outubro Rosa, o qual serve tão somente para dar maior visibilidade à questão, difundindo informações sobre a importância do diagnostico precoce do câncer de mama.

Participaram da reunião, além dos dois membros do Ministério Público, a coordenadora estadual de Saúde da Mulher, Maria de Fátima Carvalho; a gerente de regulação da Secretaria Municipal de Saúde, Maria Roberlândia Melo Freire; o representante do HU, Moisés Diogo; Flávia Barbosa Barreto, da Secretaria Estadual de Saúde; Joana Marisa de Barros, presidente da ONG Amigos do Peito; além da vice-presidente, Eulina Helena Ramalho Souza.

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