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Para saber: bruxismo do sono ou de vigília e suas causas

Especialista do Unipê ainda aponta ocorrências em crianças

A Organização Mundial da Saúde estima que 30% das pessoas em todo o planeta convivam com o bruxismo. E hoje já há um consenso dividindo em dois tipos essa atividade dos músculos da mastigação que faz com que nós apertemos ou ranjamos os dentes: o bruxismo pode ser do sono ou de vigília (ou seja, acordado). Mas quais são as suas principais diferenças?

No bruxismo do sono, podemos apresentar o apertar ou o ranger dos dentes. Ainda, ele pode ser: primário, quando não é possível associar um hábito a nenhuma condição identificável pelo profissional; e secundário, ligado a uma condição já presente.

“O fato de a pessoa apresentar rinite alérgica, ou desvio de septo, faz com que o indivíduo mantenha a boca aberta, que logo ficará seca. Assim, o sistema nervoso central envia uma mensagem para que você faça o bruxismo, para ter produção de saliva. Quem tem refluxo pode apresentar bruxismo do sono, pois o ácido do refluxo vai para a boca e o sistema nervoso central entende que você está se alimentando”, explica a cirurgiã-dentista Profa. Ma. Rachel Queiroz, de Odontologia do Unipê.

No de vigília, apertamos os dentes e contraímos de forma prolongada a musculatura mastigatória. Ele é ligado à ansiedade e ao estresse diário. “Fazemos o bruxismo de vigília inconscientemente, mesmo estando conscientes. Ele se apresenta mais na forma de apertamento, por isso temos que sempre nos lembrar de manter os lábios encostados e dentes separados”, conta Rachel.

O bruxismo pode acometer pacientes de qualquer idade. “Estudos estimam que o bruxismo do sono tem prevalência de 8 a 16%, sendo mais presente na infância, e independe do gênero. Já do bruxismo de vigília é de 22,1%, mas não se encontra informações sobre a presença dele em crianças”, coloca Rachel.

Sintomas e sinais

Entre os sintomas de cada bruxismo, estão as dores de cabeça ao acordar ou no fim do dia, dor na articulação temporomandibular (ATM) ou dor muscular na face. Os sinais podem ser fraturas de restaurações, dentes, próteses, desgastes dos dentes e das restaurações, marca na borda lateral da língua ou na mucosa jugal (bochecha).

A professora ainda reforça que é importante realizar o diagnóstico do bruxismo com um profissional qualificado para saber qual tratamento poderá ser feito e, assim, não agravar o problema. “O bruxismo pode ser uma alerta para o não funcionamento correto do nosso organismo”, conclui Rachel.

Palavras Chave

bruxismoSaúde
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