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Paralimpíada: conheça mais sobre o vôlei sentado na Tóquio 2020

Bronze com time feminino em 2016, país busca dobradinha nesta edição
Foto: Imagem ilustrativa/Marco Antonio Teixeira/MPIX/CPB

O voleibol sentado estreou na Paralimpíada de Arnhem (Holanda), em 1980. Palco coerente, já que a modalidade surgiu em território holandês, em 1956, para reabilitação de soldados, combinando o vôlei “convencional” com o sitzball, esporte de origem alemã (também voltado a pessoas com deficiência). Algumas regras são similares (como atuar sentado) e outras nem tanto: no sitzball, a bola pode quicar no solo.

Há semelhanças entre o vôlei sentado e o “convencional”. Em ambos, a disputa se dá em uma melhor de cinco sets, vencendo o time que ganhar três deles, sempre com a diferença mínima de dois pontos para o adversário. Os quatro primeiros sets se encerram quando uma das equipes atinge 25 pontos. O último, chamado tie-break, vai até 15 pontos.

No vôlei sentado, os saques podem ser bloqueados e atacados na rede, ao contrário do “convencional”. Os atletas, contudo, devem permanecer sentados para executar as jogadas. 

O número de jogadores de cada lado da quadra também é o mesmo: seis. A diferença é que eles são divididos por duas classes, conforme o grau de deficiência. Na VS1, estão os jogadores amputados ou com maior limitação na locomoção. Os demais, de menor comprometimento físico-motor se encontram na VS2. Cada time só pode ter dois VS2 no elenco, sendo que eles não podem estar ao mesmo tempo na quadra – que tem dez metros de comprimento por seis metros de largura, com a altura da rede variando de 1,05 metro (feminino) a 1,15 m (masculino).

O Brasil participa do vôlei sentado em Paralimpíadas desde os Jogos de Pequim (China), em 2008, quando a seleção masculina ficou na sexta posição. Quatro anos depois, em Londres (Reino Unido), o país marcou presença tanto na disputa masculina, quanto na feminina: em ambas o país terminou na quinta colocação. Na Rio 2016, o time feminino obteve a primeira medalha brasileira na modalidade, ao conquistar o bronze – os homens ficaram em quarto lugar.

Entre os homens, o Irã é o país mais vitorioso, com seis medalhas de ouro paralímpicas e duas pratas, todas nas últimas oito edições. Holanda e Bósnia-Herzegovina, ambos bicampeões, completam a relação de títulos. Os europeus têm uma terceira conquista, em Toronto (Canadá), em 1976, mas, na ocasião, a modalidade foi disputada como exibição. No feminino, que só começou a ser disputado nos Jogos de 2004, em Atenas (Grécia), a China venceu o torneio três vezes, mas perdeu a hegemonia em 2016, no Rio de Janeiro, para os Estados Unidos.

Estreias 

A seleção feminina será a primeira a jogar em Tóquio. No dia 27 (sexta-feira), às 6h30 (horário de Brasília), as brasileiras enfrentam o Canadá. No dia 29, às 8h30, encaram as anfitriãs japonesas. Já no dia 31, às 22h, as adversárias serão as italianas. Os dois primeiros do grupo avançam às semifinais, que ocorrem no dia 3 de setembro. A decisão do ouro será no dia 5.

O time masculino debuta dia 28, às 6h30, contra a China. No dia 30, às 8h30, o adversário será o Irã, atual campeão mundial e paralímpico. No dia seguinte, às 2h, os brasileiros medem forças com a Alemanha. Caso se classifiquem, terão o duelo da semifinal no dia 2 de setembro, com final marcada para dia 4.

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