A Paraíba registrou este ano 5.168 casos prováveis de dengue, conforme balanço divulgado nesta terça-feira (4) pela Secretaria de Estado da Saúde, o que significa uma média de 1.033 casos por mês. Os dados trazem também um aumento de 12,25% de casos prováveis da doença com relação ao mesmo período de 2018.
Além da dengue, a Saúde também registrou aumento em casos suspeitos de chikungunya, que saltaram de 401 em 2018 para 453 este ano. Já com relação a zika houve uma redução de 2,32% dos casos, caindo de 129 em 2018 para 126 este ano.
“Observamos a necessidade de qualificação assistencial principalmente para aqueles casos suspeitos de arboviroses em crianças e adolescentes. Reforçamos também a necessidade de implementação dos planos municipais de contingência para arboviroses, principalmente no trabalho de campo e mobilização da rede local”, informou a gerente executiva de Vigilância em Saúde da SES, Talita Tavares.
Ainda conforme a Saúde Estadual, os municípios da Paraíba com maior incidência das três doenças são: Alagoa Nova, Araruna, Areia, Baraúna, Caaporã, Cacimba de Dentro, Casserengue, Conde, Esperança, Juripiranga, Lagoa de Dentro, Lucena, Maturéia, Princesa Isabel, São José de Princesa, São Sebastião do Umbuzeiro, Sertãozinho, Taperoá e Teixeira.
“Dessa forma, a SES orienta a intensificação das ações de campo de combate ao Aedes e o reforço das buscas ativas de casos suspeitos para detecção precoce dos casos, evitando-se o agravamento”, informou a Saúde.
A Saúde do Estado também registrou 24 óbitos por arboviroses (doenças causadas pelos vírus da dengue, zika, chikungunya) sendo: dois confirmados para dengue (Araruna e João Pessoa) e um confirmado para Zika (João Pessoa). Oito óbitos foram descartados Alagoa Nova (1), Areia (1), Campina Grande (2), Sousa (1), Serra Redonda (1), Soledade (1) e Umbuzeiro (1), todos após a realização de exames e investigação do município.
Ainda existem 13 óbitos em investigação: Bayeux (1), Cacimba de Areia (1), João Pessoa (4), Campina Grande (2), Conde (1), Fagundes (1), Junco do Seridó (1), Santa Rita (1) e Solânea (1). Dos óbitos que estão em investigação, quatro foram notificados pelo Serviço de Verificação de óbito (SVO), o que remete a exames mais específicos junto aos laboratórios de referência que, em média, demoram 30 dias.
Entre os casos sinalizados como óbitos suspeitos de arboviroses 58,3% tinham idade abaixo de 15 anos. Somando-se a este fato os dois casos confirmados (um de dengue e um de zika) são crianças de cinco anos abaixo.