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Pedro Cunha Lima defende continuidade nas investigações contra Temer

O deputado federal e membro da Comissão e Constituição e Justiça da Câmara dos Deputados, Pedro Cunha Lima (PSDB), foi último parlamentar a falar, já na madrugada desta quinta-feira (13), na sessão que discute a denúncia (SIP 1/17) contra o presidente da República, Michel Temer (PMDB). Ele defendeu a continuidade das investigações, justificando seu posicionamento em três pontos e lamentou a paralisia instalada no Brasil enquanto se discute assuntos ligados aos escândalos de corrupção. Comente no fim da matéria.

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“Chegamos a fazer fila aqui para debater esse tema e que bom seria se fizéssemos fila para debater a educação do nosso País. Que bom seria se conseguíssemos essa mobilização para debater a segurança pública. O cidadão vai cansando dessa pauta que se encerra nela mesma, como uma bolha, e a agenda do Brasil vai ficando para depois. Muito mais que tirar um presidente para colocar outro, o povo exige uma mudança real de postura e de funcionamento. O que o brasileiro quer saber é se existe vaga na creche e se o filho que sai de casa vai voltar, sem tomar uma bala perdida”, afirmou.

Para Pedro, a primeira razão para que a Câmara recomende a admissibilidade da investigação contra Michel Temer pelo Supremo Tribunal Federal (STF) é gravidade dos fatos. Ele alega que se não fosse tão grave, o presidente não teria parado o País para proferir alguns pronunciamentos oficiais para falar de uma suposta perseguição do procurador-geral da República, de um delator e de que existiria uma conspiração para que as instituições sejam fragilizadas.

“É pela gravidade da denúncia que houve tamanha troca de membros nessa Comissão. Se o governo não estivesse fragilizado e se a denúncia não fosse grave, não haveria essa necessidade. Quando um governo seja ele qual for, deixa de falar de saúde, segurança, educação para falar de denúncia, julgamento, delação, tem alguma coisa muito errada nesse governo. É um governo que já não cabe mais em um País. É um governo que já não pode assumir as responsabilidades que a Democracia exige”, defendeu.

Todos iguais perante a lei – O segundo ponto para que a denúncia seja admitida, na opinião do deputado Pedro Cunha Lima, é a garantia constitucional que todos são iguais perante a lei. “É preciso enfrentar a impunidade e o juiz Sérgio Moro resumiu em uma frase, na sentença que condenou o ex-presidente Lula, citando um ditado: não importa o quão alto você esteja, ainda assim a lei estará acima de você. Todos nós somos iguais perante a lei”, frisou.

“Muitos perguntam, e vai afastar um presidente por isso? A condição de estar na Presidência de um País é um agravante. Não é atenuante. Reforça a ideia de que as instituições são pessoas e elas não são pessoas. Se o presidente Michel Temer for afastado da Presidência, ela não se acaba. Muito pelo contrário. Qualquer instituição está acima do individuo que por hora, esteja na condição de representa-la ou geri-la”, continuou.

Direito da sociedade – O terceiro ponto defendido pelo deputado é de que a Câmara tem o papel de aferir se existe condição política de dar sequência ou não a investigação. Para ele, essa premissa deve ser colocada de forma inversa. “Existe condição, no momento que nós vivemos, no grau de exigência do povo brasileiro, de dizer que um presidente da República não pode ser investigado? Então tendo a convicção plena que não existe condição política de impedir uma investigação, a quem quer que seja, eu coloco com muita precisão que o presidente Michel Temer tem que ser investigado”, afirmou.

De acordo com Pedro, a sociedade brasileira tem o direito de saber se houve crime ou não. “O povo tem o direito de acompanhar o devido processo legal de um presidente da República. Como já diz, a coisa é pública e o STF saberá cumprir esse papel e teremos um desfecho, novamente, engrandecendo a nossa democracia”, finalizou o deputado.

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