Pesquisadores da Universidade Federal da Paraíba (UFPB) desenvolveram uma solução que inibe a falsificação de diplomas. A iniciativa faz parte do projeto GT-RAP – Serviço de Registro, Autenticação e Preservação Digital de Documentos. A novidade vai de encontro a Portaria nº 330, assinada em abril de 2018 pelo Ministério da Educação e dispõe sobre a obrigatoriedade da emissão de diplomas em formato digital por todas as Instituições de Ensino Superior (pública e privada) do país.
A medida, que também trata sobre documentos acadêmicos como o registro e histórico escolar dos universitários, pretende garantir a autenticidade e a possibilidade de rastreio dos diplomas.
Com o uso combinado das tecnologias de blockchain, certificação digital e preservação digital, os pesquisadores desenvolveram plataformas capazes de registrar e preservar documentos digitais como diplomas, contratos etc. O sistema será capaz de permitir que o MEC acompanhe, de forma dinâmica, a emissão e monitoramento de diplomas ilegítimos.
Diante do crescente número de falsificação de diplomas em todo país, os pesquisadores reforçam que os diplomas serão representados de forma virtual com chaves criptográficas e registradas em um livro que, ao invés de ficar dentro da UFPB ou em cartórios, é digital e fica espalhado no mundo todo.
Na última semana de fevereiro, os primeiros diplomas digitais em blockchain foram entregues aos formandos dos cursos de Ciência da Computação e Engenharia da Computação do Centro de Informática (CI) da universidade. A solenidade confirma a UFPB como a primeira instituição de ensino do país que registrou diplomas em blockchain no Brasil.
Os idealizadores do serviço agora aguardam pela regulamentação da portaria e os detalhes para logística da emissão, entrega e validação dos diplomas. Após essas definições, a expectativa é oferecer esse serviço para todas as universidades do país.