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Planos de Saúde têm 47,5 milhões de usuários e 11 mil reclamações

Os planos de saúde receberam 11 mil reclamações em todo o país em 2018. O número pode parecer grande, mas dentro de um universo de 47,5 milhões de usuários, é considerado baixo. Os dados foram revelados nesta quinta-feira (4) pelo presidente da Associação Brasileira dos Planos de Saúde Nordeste (Abramge/NE), o médico Flávio Wanderley, durante visita realizada ao Sistema CORREIO.

“Dentro desse universo maior de procedimentos realizados, são fatos isolados. Claro que você trabalha para não ter reclamações. O ideal é que fique abaixo de 1% do total”, comenta.

Flávio Wanderley frisou que o mercado tem 742 de operadoras de saúde em atividade, com carteira de usuários. Ele lembra que há cerca de 30 anos eram 5 mil, frisando que o segmento funcionava sem legislação específica. O presidente relata que nas últimas décadas surgiu a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) e leis que deram maior segurança aos usuários e estas têm sido aperfeiçoadas para garantir que o mercado funcione de maneira mais efetiva.

Especialista em pediatria clínica e com pós-graduação em neonatologia pela London Hospital of Children  Marble Arch, na Inglaterra, Flávio Wanderley lembrou que atualmente ter um plano de saúde ocupa o terceiro lugar na relação das coisas mais desejadas. O primeiro é ter um imóvel, seguido de um bom celular. “Manter um plano de saúde é caro e não vai ficar barato”, disse, frisando que operadoras de médio porte chegam a trabalhar com o patrimônio líquido negativo.

Judicialização

Flávio Wanderley salientou a questão da judicialização tem caído com o passar do tempo. E isso, apontou ele, é decorrente da própria Justiça ter passando a entender melhor o funcionamento do setor, a própria legislação que regula o setor das operadoras de saúde.  “Hoje a relação operadoras e órgãos reguladores é de muita transparência, respeito. Isso é fundamental. A própria legislação já foi bastante aprimorada”, relatou.

Outro aspecto enfocado por Flávio Wanderley é que a medicina tem que buscar cada vez mais a prevenção, ressaltando que isso é bom para todos, do usuário, passando pelos poderes públicos e também as operadoras. O médico e presidente da Abramge/NE lembrou que a população brasileira está envelhecendo e que até meados do século deixará de crescer e que, por isso, precisa de cuidados médicos cada vez mais.

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