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PMEs: internet deve ser mais usada no pós-pandemia

Especialista reflete sobre o assunto e dá dicas para os empresários

É inegável que a pandemia da Covid-19 pela qual a humanidade passa mudou substancialmente as empresas em geral. A digitalização foi acelerada, fazendo com que a migração para meios on-line pudesse manter clientes e movimentar os negócios. Em especial os das Pequenas e Médias Empresas (PME), cuja saída apareceu como uma solução em um terreno desconhecido.

Para se ter uma ideia, só entre fevereiro e agosto de 2020 houve um aumento de 118% no faturamento e 98% nas vendas on-line de pequenas e médias empresas, em comparação com o mesmo período de 2019, segundo um levantamento da Neotrust/Compre&Confie. Mas a internet como estratégia das PMEs durará no pós-pandemia?

Sim, embora já fosse uma realidade antes da crise, opina o Prof. Me. Marcelo Paulo de Arruda, de Ciências Contábeis do Unipê. “Empresas que não utilizavam dessa ferramenta tiveram que migrar suas operações para não perder mercado e a perspectiva é que continuem suas operações via internet, além de continuar ou voltar com as operações presenciais. Na minha concepção, dependendo do produto comercializado, as empresas tendem a utilizar da internet, garantindo redução de custos fixos como aluguel, energia elétrica, água, entre outros”, indica.

Dicas para as PMEs

Marcelo reforça: o uso da internet e das redes sociais on-line deve ser feito constantemente a partir de agora. “É a nossa nova realidade”, afirma. Mas por que fazer isso? O professor exemplifica: hoje temos fácil acesso na busca por produtos e serviços, comparação de preços e opinião de outros clientes, entre outros.

“Demonstrar a qualidade do seu produto ou serviço, trazer feedback de clientes e outras estratégias serão os diferenciais para o crescimento do seu negócio. Além disso, busque sempre controlar e dominar o número do seu negócio, independentemente do tamanho ou receita: isto lhe dará um panorama de como está se saindo e o que pode ser melhorado”, acentua.

Pensando na área contábil, Marcelo aconselha: formalize o seu negócio abrindo um CNPJ para que seja tributado via Pessoa Jurídica, podendo ser até um MEI (Microempreendedor Individual), dependendo do faturamento. “As movimentações bancárias serão fiscalizadas pela Receita Federal e, caso esta movimentação esteja sendo feita pela conta Pessoa Física, pode haver tributação do Imposto de Renda chegando a uma alíquota de 27,5%”, expõe.

E quanto ao consumidor, como buscar segurança? Marcelo recomenda atenção: busque mais informações sobre a loja na qual pretende angariar um produto ou serviço. Há sites que analisam a confiabilidade das empresas, como o Reclame Aqui, e trazem avaliações conforme o histórico dos clientes. “Quando tratamos de redes sociais, como o Instagram, os comentários nas publicações do feed podem trazer informações válidas acerca da percepção dos consumidores”, conclui.

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