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Polícia levou quatro dias para saber que Patrick era o ‘assassino de Pioz’

Guardas civis espanhóis revelaram, durante julgamento de François Patrick Nogueira Gouveia, terem tido certeza que o autor da chacina em Pioz seria o jovem paraibano assim que souberam de sua existência, quatro dias após os corpos das vítimas serem encontrados. A esta altura, Patrick já havia voltado ao Brasil. “Se ele tivesse ficado mais dois dias na Espanha, nós o teríamos detido”, garantiu um dos agentes de investigação. A informação foi divulgada pelo portal de notícias ABC España, neste sábado (27).

Ainda de acordo com a publicação, os guardas contestaram o argumento da defesa que coloca como atenuante uma suposta colaboração do paraibano com investigações. Segundo eles, Patrick redefiniu as configurações de seu celular antes de entregá-lo às autoridades policiais. Meios tecnológicos tiveram que ser utilizados para recuperar as informações do aparelho.

Entenda o caso

Os corpos da família paraibana foram encontrados no dia 18 de setembro, dentro de sacos plásticos. O casal, Marcos Campos e Janaína Santos, foi esquartejado. Na época, peritos disseram acreditar que o crime tinha ocorrido há pelo menos um mês. Patrick Nogueira se entregou às autoridades espanholas no dia 19 de outubro de 2016 e confessou ter matado os familiares após sentir ódio incontrolável. Em depoimentos, ele disse que “gosta de ser mau” e que “sentiu necessidade de matar” a família.

“Matei os quatro porque me parecia cruel matar só o Marcos. Não ia deixar uma família sem marido e sem pai. Eles não sofreram, não resistiram, não gritaram. Foi muito rápido”, declarou o assassino na época à emissora de TV Antena3.

Todas as vítimas foram mortas da mesma forma: com faca cravada no pescoço, rompendo a artéria aorta e a jugular. Ele matou primeiro Janaína, depois as crianças. Marcos Campos foi atacado instantes depois, ao chegar do trabalho, sem ter chance de reação. Depois, Patrick usou uma faca maior para esquartejar os tios. Os corpos dos adultos e das crianças foram postos em sacos plásticos.

No depoimento, Patrick ainda compromete o amigo Marvin Henriques Correia, preso em João Pessoa após a Polícia Civil apontá-lo como cúmplice do crime. O assassino confesso disse que conversou com Marvin enquanto cometia os crimes. A defesa do suposto cúmplice, no entanto, diz que o diálogo só aconteceu após as quatro mortes. Para a Justiça brasileira, Marvin já sabia que Patrick iria matar os parentes.

Ainda de acordo com a Antena3, Patrick contou que dormiu até tarde no dia em que cometeu os crimes, pois “tinha que estar descansado”. O assassinatos, conforme declaração de Patrick, foram premeditados. “Três dias antes, senti necessidade de matar. Isso acontece com frequência, desde os 12 anos. Quando acontece, eu bebo muito”, revelou.

Ele disse também que voltou à Paraíba depois de matar os parentes não com a intenção de fugir, mas porque queria se despedir dos familiares. Patrick se entregou à polícia espanhola no dia 19 de outubro de 2016. Ele permanece preso desde então.

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