O homem suspeito de matar a ex-esposa na cidade de Guarabira, nessa quarta-feira (12), foi preso e indiciado por feminicídio, crime de ódio em que uma mulher é assassinada devido ao seu gênero. De acordo com a Polícia Civil, o casal estava separado há cinco meses e o suspeito não aceitava o fim do relacionamento, que durou mais de 20 anos.
“A defesa dele tenta alegar que a vítima o traiu, mas esse comportamento de tentar macular a moral da vítima é muito típico em casos assim. A investigação está finalizada. Ele matou a mulher e ficou claro para a Polícia Civil que esse foi um crime de ódio. O laudo ainda não chegou, mas a vítima foi atingida por muitas facadas. Dezenas. A ação criminosa foi motivada pelo machismo do suspeito, de achar que a mulher não tinha direito de viver sem ele”, informou o delegado Ricardo Sena.
A vítima, de 42 anos, foi morta a facadas na casa onde morava, no Sítio Tananduba, durante a madrugada. O marido, de 51 anos, foi encontrado horas depois, em uma casa abandonada no Sítio Piaba, em Araçagi. O suspeito aguarda por audiência de custódia, que deve ocorrer ainda nesta quinta (13).
O assassinato em Guarabira não foi o único caso de feminicídio com repercussão na Paraíba nessa quarta. A policial militar paraibana Aline Ribeiro de Araújo, de 31 anos, foi assassinada a tiros, em Tuparetama, Sertão de Pernambuco. Ela era soldado da Polícia Militar daquele estado, lotada no 23º Batalhão.
Apesar de o celular e a arma terem sido levados pelo atirador, a possibilidade de latrocínio está praticamente descartada. “A principal linha de investigação é que o crime tenha sido praticado pelo ex-companheiro da vítima, o que configura feminicídio”, informou a PM.
Segundo o comunicado, a soldado foi atingida por dois tiros – provavelmente disparados com a arma de fogo da própria vítima.