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Português é tema da nova coluna do professor Trindade

O “erro” que não é erro

Imagine o leitor a seguinte situação hipotética:

O Presidente da República virá a João Pessoa, na próxima quarta-feira. O “Correio” (impresso) e o “Portal Correio” estampam, na terça-feira, em primeira página, a seguinte manchete:

“Bolsonaro chega amanhã à Paraíba”.

A frase em questão está correta ou errada?

Os puristas bradariam, gritariam, mandariam cartas à Redação, pedindo a cabeça do redator e do editor: “Absurdo! O certo é ‘chegará’. Como é que um jornal como o “Correio” admite um redator que ‘não sabe Português’ e um editor que permite um absurdo desse”?

Só que a frase está correta.

Pode-se, perfeitamente, usar o presente do indicativo para fatos futuros, como no caso citado.

Vejamos, então, o emprego do futuro do presente:

Emprega-se o futuro do presente para indicar um fato que se realize no momento em que se fala: Aquela mulher émuito bonita.

Nem sempre, porém, indica fato ou ação contemporânea ao momento em que se fala. Pode-se, também, empregá-lo para:

  1. a) Indicar um futuro próximo: Vou amanhã a Campina Grande.
  2. b) Descrever um fato ou estado permanente: O sol aquece a terra.
  3. c) Indicar uma ação habitual ou que se pratica constantemente: Aquele senhor fuma muito.
  4. d) Dar realismo a fatos passados: Em 1954, Getúlio se suicida.
  5. e) Substituir o imperativo quando se deseja denotar mais um pedido do que uma ordem: Você me entrega o relatório amanhã? (= entregue-me o relatório amanhã.).

A DICA DA SEMANA

A mais recente reforma ortográfica eliminou o hífen da expressão dia a dia. Não há mais, graficamente, a distinção entre o substantivo e o advérbio.

Exemplo:

Meu dia a dia é muito corrido.

Dia a dia, deparamo-nos com pessoas intolerantes e agressivas.

Reflexão da semana:

Todo brasileiro “entende” de Português e de futebol.

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