Com um cenário indefinido em relação ao comando da Federação Paraibana de Futebol (FPF), um fato que chamou a atenção do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) e da defesa do presidente da FPF, Nosman Barreiro, foi uma carta assinada pelo presidente do Conselho Fiscal da entidade, Marcílio Braz, onde o mesmo se oferece aos auditores do Tribunal para assumir a presidência da entidade paraibana, no caso de vacância do cargo.
No documento, Marcílio apresenta o seu nome, justificando que “para que não fique acéfala a entidade desportiva, a Presidência do Conselho Fiscal coloca-se à disposição deste Sodalício com vistas a assumir na linha sucessória, visto que é o único remanescente eleito na chapa, já que Amadeu Rodrigues foi afastado pela Justiça”.
O presidente do Conselho Fiscal ainda afirmou que “a Paraíba segue estarrecida diante de fatos graves que permeiam o futebol local, com o envolvimento dos dirigentes em sérios problemas, dentre eles o próprio presidente em exercício Nosman Barreiro”.
Em conversa com o Jornal Correio, os advogados de Nosman afirmaram que a carta chegou a ser motivo de chacota no momento da sessão, onde alguns juristas declaram que nunca viram algo parecido no Tribunal.
Com um currículo que acumula atuações como árbitro e presidente da Comissão Estadual de Arbitragem, na época da ex-presidente Rosilene Gomes, Marcílio Braz chegou a afirmar em entrevista à imprensa local que tem como desejo um dia presidir a FPF.
“Eu fui gandula no Almeidão. Com 12 anos de idade eu já trabalhava no futebol. A gente tem sonhos e se houver oportunidade vou ser candidato à Federação e pretendo dar continuidade a projetos que Amadeu tinha. Tenho pretensão de ser candidato, mas vai depender dos clubes amadores e profissionais. Todo ser humano que é envolvido com o futebol tem legitimidade para lançar seu nome”, admitiu Marcílio.
*Por Raniery Soares, do Jornal Correio.