Preso suspeito de atirar e deixar jovem paraplégico na virada do ano

Foi preso na quarta-feira (27) o homem suspeito de atirar no jovem Luciano Santos, de 22 anos, em crime que aconteceu na madrugada do dia 1º de janeiro no município de Baía da Traição, Litoral Norte paraibano, a 90 quilômetros de João Pessoa. A vítima ficou tetraplégica e, conforme a polícia, a motivação do crime foi por homofobia.

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Segundo o delegado Walter Brandão, que investigou o crime, o suspeito já foi alvo da Operação Loki, deflagrada em 2014 no Brejo paraibano, onde ele foi apontado como autor da morte de outra vítima homossexual.

O crime

Pelas redes sociais, o jovem contou que o caso começou quando ele resolveu ir ao banheiro e sofreu xingamentos por parte de um casal.

“Durante as comemorações, resolvi ir ao banheiro público e chamei um dos meus amigos para me acompanhar. Nesse trajeto entre o local da festa e o banheiro fomos bombardeados por ofensas preconceituosas de um indivíduo desconhecido acompanhando de uma mulher. O meu amigo que me acompanhava resolveu voltar e responder àquelas ofensas e para evitar confusão tentei encerrar a discussão verbal entre os envolvidos insistindo para que meu amigo fosse até o banheiro comigo”, relatou o jovem.

O problema se agravou quando o jovem e o amigo retornaram do banheiro para o local inicial onde eles estavam. Nesse momento, um outro homem, aparentando ser amigo do que proferiu os xingamentos, atirou contra a vítima e o amigo.

“Outro indivíduo, que aparentemente conhecia o agressor verbal, chegou atirando, o que resultou numa tentativa de homicídio onde eu fui vitima de arma de fogo, assim como meu amigo foi atingindo de raspão no dedo da mão. Foi mais um típico e absurdo caso de homofobia, onde fomos tachados de “bichinhas” por estranhos e a resposta à ofensa vitimou inocente. Não sei os motivos que levam e levaram pessoas a agirem assim, mas espero que um dia a paz vença a guerra”, afirmou Luciano Santos.