A próxima sexta-feira (23) é marcada, no calendário do setor do comércio, pela Black Friday, dia em que as lojas fazem grandes promoções em seus produtos, atraindo a clientela com preços abaixo do comum praticado durante o ano. Acontece que, ao mesmo tempo em que se encontram boas promoções, também é possível identificar fraudes na hora de ir às compras.
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Um dos ambientes que estão mais recheados com anúncios falsos de promoções é a internet. Os cybercriminosos se aproveitam da excitação dos consumidores no dia da Black Friday, para falsificarem anúncios de lojas famosas, colocando preços bem menores do praticado nessas lojas, enganando os compradores.
Sobre o assunto, o advogado especializado em Defesa do Consumidor, Sérgio Tannuri dá três orientações importantes para que o consumidor não caia em fraudes virtuais, especialmente durante a Black Friday.
O especialista informa que o cidadão deve pesquisar a reputação da loja, se ela possui denúncias ou reclamações (e se as solucionou) e observar também se a loja possui endereço físico e com canais de comunicação com o comprador, como chat, e-mail, números de telefone etc. Deve haver um desenho de cadeado no navegador, na parte superior da tela, onde digitamos o endereço do site. Ele significa que o ambiente é seguro e o consumidor pode efetuar a compra com tranquilidade.
Se perceber que um site é falso, o consumidor deve procurar entidades de Defesa do Consumidor, como o Procon de sua cidade ou estado, por exemplo, e alertá-lo sobre o golpe, registrando sua reclamação para evitar que mais pessoas caiam nessa armadilha. Deve também procurar delegacias policiais especializadas em crimes virtuais para efetuar o Boletim de Ocorrência, já que tal medida é configurada como estelionato.
Para recuperar o investimento feito em uma compra fraudada, o consumidor deve ter em mãos a nota fiscal da compra e o Boletim de Ocorrência para tentar reaver o dinheiro na esfera cível competente. É importante que o consumidor anote todos os dados e detalhes da compra. Horário que visitou o site, que finalizou a compra, horário que o pagamento foi autorizado pelo banco. Tudo isso serve para fortalecer as provas de que você foi enganado e merece o dinheiro de volta.
O superintendente do Procon de João Pessoa, Helton Renê, explicou que o órgão possui uma equipe especializada para tratar com o consumidor com problemas de compras na internet. “O consumidor deve seguir nossos conselhos e, é claro, se tiver um problema, tirar print de telas, enviar e-mail, e procurar o Procon de João Pessoa se tiver um problema maior”, disse.
O Procon-JP atende pessoalmente, na sede da entidade, que fica localizada na Av. Dom Pedro I, Centro ou via telefone, pelo número 08000-832015, que é gratuito inclusive para celular e também através das redes sociais do órgão.