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PSB cobra R$ 3,3 mi de campanha a João Azevêdo

O racha no PSB paraibano deve chegar à Justiça se depender do presidente nacional do partido, Carlos Siqueira. Ele disse, nessa quinta-feira (5), que pretende ingressar com uma ação para reaver os R$ 3,3 milhões investidos na campanha de João Azevêdo nas eleições do ano passado. A reação da legenda aconteceu dois dias depois do governador paraibano anunciar sua saída da sigla usando como justificativa o ‘golpe’ dado pelo ex-governador Ricardo Coutinho para assumir a direção do PSB na Paraíba.

“Vamos pedir o mandato dele na Justiça e vamos entrar com uma ação cobrando o que o partido gastou na campanha na Paraíba. João recusou o grande patrocinador da sua eleição e começa na política muito mal. Isso demonstra que desde o início do governo ele começou a preparar a traição”, disse Siqueira.

Segundo Siqueira, o governador já estava decidido a deixar a legenda, demonstrando a ingratidão ao partido e aos que ajudaram a elegê-lo. “É bom que toda a Paraíba saiba que ele (João) vetou o nome de Ricardo Coutinho mostrando sua ingratidão, para dizer o mínimo”, frisou Siqueira.

Carlos Siqueira disse ainda que nunca tinha visto uma situação como a que aconteceu na Paraíba. “O diretório foi dissolvido, não fomos nós que dissolvemos e quando ele (João) fala em intervenção não está falando a verdade. O que houve foi a dissolução espontânea”, afirmou.

No relato, o presidente nacional do PSB revelou que essa foi a primeira vez, em 30 anos que está no partido, que acontece um conflito em um estado entre pessoas e a pessoa que criou o conflito se recusa a conversar com a direção partidária. “Eu convidei insistentemente João para conversar junto com o ex-governador Coutinho, mas não obtivemos resposta alguma”, destacou.

Indignação

O deputado federal Gervásio Maia revelou que o sentimento da legenda hoje na Paraíba é de indignação com João Azevêdo. “Estamos nos sentindo traídos. E hoje o presidente Carlos Siqueira disse que vai buscar reaver o que o partido gastou para eleger João. Muita coisa se fez para que João estivesse sentado na cadeira de governador”, observou o governador paraibano.

O governador João Azevêdo chegou a dizer que não traiu o partido e que enfrentou boicotes da legenda no governo.

*Texto de André Gomes, do Jornal CORREIO

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